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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Encontro Regional da Pastoral Carcerária do Leste II (Minas Gerais e Espírito Santo)



No próximo final de semana, de 20 a 22/04, será realizado na Casa de Pastoral da Arquidiocese de Montes Claros o Encontro Regional da Pastoral Carcerária do Leste II (Minas Gerais e Espírito Santo) com o tema "Profecia e Justiça a serviço da vida". Com o intuito de promover a capacitação e formação dos agentes de Pastoral Carcerária e ampliar a comunicação entre as (arqui)dioceses do Regional Leste II, o Encontro contará com a assessoria do teólogo e sacerdote Benedito Ferraro.

À luz da Campanha da Fraternidade de 2012 e das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2011-2015, o Encontro Regional da Pastoral Carcerária pretende ainda contribuir para a organização e discussão mais profunda da questão prisional, bem como capacitar novas lideranças para serem multiplicadores nas bases.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Tempo Pascal - CRISTO RESSUSCITOU! ALELUIA!!!!

A ressurreição de Jesus é o referencial fundamental da vida da Igreja, por isso, a vida cristã gira em torno do mistério pascal. São Paulo ensinou, em suas Cartas, essa verdade da centralidade teológica da ressurreição de Cristo. Pregação, fé e ressurreição são três palavras chaves na evangelização paulina. Na carta aos romanos, o Apóstolo trata expressamente da relação interdependente entre pregação e fé, no processo da catequese cristã: “Logo, a fé vem pela pregação e a pregação, pela palavra de Cristo.” (Rom 10,17) Na carta aos coríntios, estabelece o nexo entre pregação, fé e ressurreição: “E se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é sem fundamento, e sem fundamento também é a vossa fé. E se Cristo não ressuscitou, a vossa fé não tem nenhum valor e ainda estais nos vossos pecados. (1Cor 15,14.17)

Assim sendo, a missão da Igreja é anunciar Jesus ressuscitado. Seguindo o calendário litúrgico, a comunidade cristã está vivendo o Tempo pascal que se prolonga até Pentecostes; nesse período de cinqüenta dias, alimenta sua espiritualidade, exercita sua ação evangelizadora e realiza seu trabalho pastoral na companhia de Jesus ressuscitado. Nesse sentido, a pregação da Igreja, necessariamente, continua centrada no mistério pascal. Cabe-lhe, assistida pelo Espírito Santo, anunciar e celebrar a Ressurreição de Jesus, notadamente, quando a comunidade cristã se reúne para participar da Celebração Eucarística – a missa dominical.

O mistério celebrado no tríduo pascal – quinta, sexta e sábado santos - toca fortemente o coração e a consciência dos fiéis que se vêem, ao mesmo tempo, na perspectiva da vitalidade da graça e sob a realidade do pecado, considerando a sua conduta individual, o comportamento social e a prática eclesial. De fato, numa leitura individual e coletiva, identificamos muitos sinais de crescimento da vida cristã, ao lado de inúmeros atos de retrocesso espiritual, de recaída moral e de omissão social.

A Igreja, em sua materna missão, deve estar atenta para a necessidade de preservar os valores do tempo pascal na prática dos fiéis e, para tanto, deve continuar a acompanhá-los, em seu dia a dia, mediante a assistência espiritual, a acolhida fraterna, a sensibilidade pastoral e o testemunho solidário na linha da caridade social. Com certeza, esses devem ser os frutos da pregação e da fé na ressurreição de Jesus na vida dos cristãos.Cabe-nos descobrir o valor do Tempo pascal, um período propício para um continuado rejuvenescimento espiritual dos fiéis que contam com graças especiais de Jesus ressuscitado.

A Vida Pascal

A vida cristã é uma vida pascal, porque vida dos que foram sepultados com Cristo, no Batismo, para viverem, com Ele, uma vida nova, como se exprime o presi­dente da assembleia, na Vigília, antes da renovação das promessas do Batismo. Esta vida nova é a vida de Cristo ressuscitado, a vida d' Aquele que, por ter oferecido a vida até Se entregar à morte, vive agora na glória do Pai, exaltado com o nome divino de Senhor (Fil 2, 11). Vida com Cristo em Deus, é ainda, sobre a Terra, uma vida escondida, vivida na fé e na esperança, vivificada pelo Espírito, que é Amor. Vida nova, porque vida do homem novo, que é o Senhor ressuscitado, ela anima toda a existência cristã e expri­me-se em tudo o que é vitória sobre o pecado e a morte. Esta novidade de vida em Cristo é uma das notas mais postas em realce nos textos da liturgia do tempo da Páscoa.

Como já foi referido, a Páscoa é celebrada, no dizer de S. Agostinho, como um mistério, de maneira sacramental, não tanto como uma história que se evoca, mas como um mistério tornado presente de maneira sacramental para nele se poder participar. É assim que, na Vigília, ocupa lugar central a celebração dos sacramentos da iniciação cristã: Baptismo, Confirmação e Eucaristia, os sacramentos da vida nova. Por meio desses sacramentos nascem os novos filhos de Deus. Eles são a humanidade nova, que a liturgia saúda como "crianças recém-nascidas", "cordeiros recém-nascidos", "nova prole da Igreja, multidão renovada"[18]. Em cada ano e em todo o mundo, muitos são os que, na noite da Páscoa, nascem como nova geração do povo de Deus.

S. Paulo, partindo da sugestão fornecida pelo pão ázimo próprio da Páscoa judaica, pede aos seus leitores que, purificados do fermento velho, sejam uma nova massa, para celebrarem a festa pascal[19]. E a liturgia pede que, na Páscoa, todos os sinais, dos mais importantes aos mais simples, sejam a partir de elementos novos: a água e os santos óleos para o Baptismo; o pão para a Eucaristia, para que não venha a ser necessário recorrer ao pão consagrado guardado no sacrário desde antes do Tríduo Pascal; a luz que há-de acender o Círio e iluminar a celebração durante a noite de Vigília; a ornamentação do altar, que foi desnudado antes da celebração; e, mais que tudo, "o coração, as vozes e as obras"[20]: seja tudo novo, para que, "renovados pelo vosso Espírito, ressuscitemos para a luz da vida" como pede a colecta do Domingo da Ressurreição.

Anualmente repetida em cada primeiro Domingo que se segue à Lua cheia do equinócio da primavera, a Páscoa surge sempre nova, como sempre nova é a vida imortal do Senhor ressuscitado. E aquela Lua, que enche sempre de claridade a noite santa da Páscoa, continua a ser, em cada ano e desde há tantos séculos, desta solenidade da vida nova a "testemunha fiel no firmamento" (SI 88, 38).

Texto em Portugues (Portugal)
"Desconheço ao autor"

A VERDADEIRA PÁSCOA



A mais de dois mil anos atrás, um homem veio ao mundo...
Disposto a ser o maior exemplo do amor e verdade que a humanidade conheceria.
Sua proposta de vida não foi entendida por muitos.
Condenaram este homem e crucificaram-no, ignorando todos os seus propósitos de um mundo melhor.

Houve dor, angústia e escuridão.
Por três dias, o sol se recusou a brilhar, a lua se negou a iluminar a Terra, até que, ao terceiro dia, a vida aconteceu.
A Páscoa existe para nos lembrar deste espetáculo inigualável chamado ressurreição.

PÁSCOA,
Ressurreição do sorriso, da alegria de viver, do amor.
Ressurreição da amizade e da vontade de ser feliz.
Ressurreição dos sonhos, das lembranças.
E de uma verdade que está acima dos ovos de chocolate ou até dos coelhinhos.

Cristo morreu, mas ressuscitou.
E fez isso somente para nos ensinar a matar os nossos piores defeitos e ressuscitar as maiores virtudes sepultadas no íntimo de nossos corações.
Que esta seja a verdade da sua Páscoa.

FELIZ PÁSCOA!

segunda-feira, 26 de março de 2012

NOSSA SENHORA DAS DORES




A tradição católica enfatiza na semana santa as “Dores de Maria”.

Recorda o sofrimento da mãe de Jesus ao ver o filho percorrer o triste caminho do calvário. Em algumas regiões do Brasil, faz-se na quarta-feira santa a “procissão do encontro”. Os homens vêem em procissão com a imagem de Jesus, e as mulheres, com a estátua de Maria. Com o nome sugere, os dois grupos se encontram ao final, para celebrar o trágico momento no qual Maria e Jesus convergem na trilha pública que o leva à morte.

Na sexta-feira da paixão multiplicam-se as vias sacras, os teatros da “paixão do Senhor”, na qual o drama encontra seu ápice na cena da cruz. Lá está Jesus, à beira da morte, acompanhado pelos dois ladrões (o bom e o maldoso), Maria e o discípulo amado. E, por fim, a terrível cena da “pietà”, na qual Maria sustenta nos braços o corpo morto de Jesus. Ao menos três dores do Maria no mesmo dia.

Maria, a mãe de Jesus, provavelmente viveu tal sofrimento, também partilhado pelos discípulos. A devoção popular, estimulada pelo clero e pelas correntes maximalistas, viu nestas cenas o fundamento de “Maria corredentora”. A idéia era muito simples. Dizia-se que Jesus nos salvou pela intensidade de seu sofrimento na cruz. Por isso, quanto mais sangue e mais sofrimento, maior seria a redenção. E Maria, como sofreu com Jesus na cruz, participou deste processo como ninguém, padecendo com seu coração de mãe.

Esta forma de refletir sobre as dores de Maria capta algo real: a solidariedade no sofrimento. Maria, a serva de Deus, está em profunda sintonia com Jesus, o Servidor da Humanidade, aquele no qual a comunidade cristã viu realizada a profecia do “Servo Sofredor”, anunciado por Isaías. Mas a reflexão deixa na sombra algo vital. A redenção trazida por Jesus não se realizou somente devido à morte na cruz. A salvação, oferecida em Jesus, é um longo processo. Começa na noite de natal, com a encarnação. Acontece em cada gesto de Jesus, quando anuncia o Reino de Deus, cura, inclui os pobres e pecadores, e fala do Pai. O gesto salvífico encontra seu ápice na cruz, expressão máxima do amor, a ponto de dar a vida. E só encontra sua plena compreensão à luz da ressurreição. Por isso, é mais correto afirmar que Jesus nos salva pelo seu nascimento, pela sua vida, pela sua morte e pela ressurreição.

Maria faz parte dessa história salvífica de forma especial. É a mãe de Jesus, personagem importante no mistério da encarnação. Em certo momento da vida, compreende o apelo de Jesus e se põe humildemente no caminho de seguidora. É aquela que realiza o perfil do discípulo: escuta a palavra, guarda no coração e a frutifica. E, no momento da cruz, é perseverante na fé. Por fim, participa com a comunidade de Jesus da alegria da sua ressurreição e do dom do Espírito.
É importante ver todo o trajeto da vida de Maria, junto a Jesus e seus discípulos. Não somente o momento da morte de cruz.

Precisamos compreender o lugar de Maria junto a Jesus e à sua comunidade, que hoje somos nós. Com ela, seguimos silenciosos o caminho de Jesus do calvário, até a cruz. Com ela também cantamos vibrantes a alegria da ressurreição. Aleluia!

Por Afonso Murad
Teólogo, ambientalista, professor universitário e escritor