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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

VINCULOS ENTRE CATEQUISTAS

É o que falta na catequese: vínculo. Catequistas não são vinculados uns com os outros. Não criam relações. Não ultrapassam as barreiras impostas pelo medo de se relacionar. Faltam vínculos, relações mais próximas, contatos diretos, amizade fraterna, comprometimento com o outro. Não temos isso. Mas parecemos robôs que fazem tudo de forma automática. Reunimos-nos para falar do óbvio, formatar calendários, reclamar disso ou daquilo e entre nós criamos relações superficiais. Não paramos para saber do outro, de suas aflições, tristezas, caminhada cristã, alegrias ou êxitos. Não damos tempo para isso. Encontros de catequistas se transformaram em reuniões, meras reuniões, com pautas estabelecidas onde muitos entram mudos e saem calados. Nesse contexto, fazemos de conta de que tudo está planejado e avaliado. O que está ruim a gente corrige e o que está bom a gente mantém.

Falta-nos vínculo, um com o outro.

Falta confiar mais no grupo e menos no “eu”. Falta um abraço mais caridoso e demorado. Falta a pergunta “Você está bem?” e falta a certeza do “ Estou ao teu lado para o que der e vier”. Falta-nos permitir-se, aprofundar relações, gostar de estar junto, amar quem ama o mesmo projeto que eu.

Vínculos. É o que falta para muitos de nós catequistas. Sabemos ser para os outros, queremos tocar corações, enxugar lágrimas, indicar caminhos, fazer rostos tristes sorrirem. Queremos ser luz. Mas, na hora das trevas de nossas próprias vidas, muitas vezes, não encontramos quem nos ilumine e somos tomados de sentimentos de impotência, desânimo e solidão.

Precisamos, de forma urgente, reativar sentimentos, recriar relações e laços de amizade com quem está mais próximo e caminha junto. Precisamos encontrar ombros disponíveis, mãos que afagam, braços que acolhem, ouvidos que ouçam sem qualquer tipo de julgamento. Precisamos de pessoas que se importem umas com as outras, mas se importem mesmo, com profundidade, e não apenas no discurso fácil e sem conteúdo.

Jesus criava vínculos, fortalecia laços, conhecia profundamente os que estavam próximos. Por outro lado, os que caminhavam com ele sabiam na importância do grupo, da amizade, do trabalho conjunto, da partilha e do amor. E o próprio Jesus se fortalecia.

Nós, catequistas, precisamos criar relações saudáveis e profundas, amizades verdadeiras.Do contrário, quando mais precisarmos, nos momentos de quedas e provações que todos nós estamos sujeitos a passar um dia, corremos o risco de ficarmos sós em meio a uma multidão de tantos os outros catequistas.

A união com o pai, direta, sem intermediários, passa necessariamente pela relação fraterna e com os vínculos que estabelecemos com aqueles que chamamos de irmãos. Fora isso, é mera superficialidade.

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