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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Dimensões da Espiritualidade do Catequista

“Sem uma espiritualidade que acalente e alimente,
o nosso trabalho como catequistas torna-se mero ativismo”

Há diversas "espiritualidades", muitos dons e serviços diferentes, mas um só o Espírito Santo que anima tudo e todos. (1Cor 12,4-11). Deste modo, o catequista é chamado a descobrir sua Missão e espiritualidade específicas.

Conforme a vocação e missão de cada um, acentuam-se aspectos do Evangelho que mais causam inspiração. Deve ficar claro que são aspectos de uma mesma vida evangélica.

Os catequistas se sentem impulsionados pelo Espírito Santo para se dedicarem a missão de
catequizar, de anunciar a riqueza que nos foi dada na pessoa de Jesus e do reino inaugurado por ele.

Como cristãos comprometidos com a vocação de anunciador da Boa Nova, o catequista precisa viver intensamente a sua espiritualidade cristã, fazendo ecoar a Palavra de Deus no coração e na vida dos catequizandos.

O catequista deve ser aquele que vive com intensidade cada momento de sua vida, percebendo nele a presença de Deus, "saboreando" Deus e vendo os fatos com os olhos de Deus. Faz criar um novo olhar sobre o mundo e a vida. Assim, ajuda seus catequizandos e a comunidade a fazer essa mesma experiência, levando-os a querer conhecer sempre mais Jesus Cristo.

“A espiritualidade do catequista deve ser a atitude de quem mergulha dentro dos fatos para descobrir e saborear neles a presença ativa e criativa da Palavra de Deus e, além disso, procura comprometer-se com o processo de transformação que esta Palavra está provocando dentro da história”.

Entre as diversas características de uma espiritualidade própria dos catequistas, podemos destacar:

A) A ESPIRITUALIDADE BÍBLICA

A Bíblia ocupa um lugar muito especial na espiritualidade do catequista. É o principal alimento para formar uma espiritualidade autêntica. Dessa espiritualidade bíblica vai depender a maneira como o catequista orienta seus catequizandos. Quem não tem nenhuma familiaridade com a Bíblia dificilmente fará uma catequese bíblica.
O primeiro “livro” que Deus escreveu é a própria vida. A Bíblia quer iluminar essa nossa vida, orientar, mostrar o que Deus quer dizer através de situações e acontecimentos. Por isto,
devemos sempre ler a Bíblia a partir da nossa realidade concreta e ver qual é a luz que a Bíblia traz para nós e como mostra o caminho para transformar aquilo que não é conforme o projeto de Deus.
Por isso, precisamos aprender a ler, meditar, rezar e viver a Palavra de Deus. Deve despertar nos catequizandos o gosto por essa Palavra.
A espiritualidade do catequista é alimentada pela capacidade de ouvir o que o Senhor deseja através da sua Palavra, pois o seu ministério é o da Palavra. Somente falará daquilo que soube escutar do Mestre no exercício da sua missão profética na comunidade, atualizando-a, tornando-a compreensível para seus irmãos, para suscitar adesão à Jesus. A Igreja recomenda muito a antiga e sempre nova tradição da prática da Lectio Divina (Leitura Orante da Bíblia), seja individualmente ou comunitária, como grande tesouro da tradição da Igreja oferecido aos fiéis.

B) A ESPIRITUALIDADE PROFÉTICA

Profecia é anúncio do Projeto de Deus, convocação para assumir a causa do Reino de Deus e denúncia de tudo o que é contra a vida. Na qualidade de profeta, o catequista deve fazer a experiência de Deus marcada pela indignação diante da injustiça, da opressão, da Marginalização e da exclusão. O catequista fala em nome de Deus, mas também em nome dos oprimidos e injustiçados que não têm voz. É uma pessoa comprometida pela causa da justiça e fiel ao projeto de Deus para o seu povo.
O anuncio da Boa Nova provoca, muitas vezes, conflitos não só nos outros, mas em nós mesmos. Pelas denúncias que o profeta faz, ele atrai sobre si o conflito e a perseguição. É acusado,
difamado, incompreendido. Porém, a espiritualidade, nos dá forças para resistir à perseguição e à calúnia e também nos leva a estar atentos, a nossa própria forma de viver e agir. A participação no ministério profético é principalmente com o testemunho da própria vida, acompanhado da palavra na proclamação do Reino de Deus. O Reino de Deus constitui o coração da mensagem e da vida de Jesus, o centro e o núcleo da mensagem a ser anunciada.

Continua na Proxima Postagem!

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