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sábado, 28 de março de 2015

O DOMINGO DE RAMOS

"A cidade de Jerusalém fervilhava de gente. Judeus de todos os cantos estavam chegando para uma semana de comemorações da Páscoa.
Todos comentavam a última história sobre JESUS.      
Logo que chegou a noticia de que Jesus estava a caminho de Jerusalém, uma multidão entusiasmada partiu ao seu encontro.
Jesus e seus discípulos haviam chegado Betânia.   
-Vão à aldeia - disse Jesus a dois de seus discípulos. – Tragam- me o jumentinho que encontrarão preso junto á mãe dele. Se alguém perguntar o que vocês pretendem, digam-lhe que o mestre precisa dele e em breve o devolverá.
Os discípulos fizeram como Jesus disse.
Quando levaram o jumentinho a Jesus, os discípulos estenderam seus mantos no lombo dele para fazerem uma sela.
O jumento não ficou assustado quando Jesus o montou, embora ninguém nunca o tivesse montado. Ele avançou orgulhosamente, e os peregrinos que tinha viajado com Jesus começaram a acotovelar-se e a dar vivas, enquanto todos iniciavam a íngreme subida até a cidade.
O profeta Zacarias havia predito anos atrás, que um dia o verdadeiro Rei chegaria, não galopando em um cavalo de guerra, mas montado em pacífico jumento. Jesus estava mostrando a todos os que tinham olhos para ver que ele era o Rei, ao entrar em paz em sua capital.
A multidão de Jerusalém apressou-se a descer para se reunir aos recém- chegados. Alguns foram à frente e estenderam seus mantos para fazer uma estrada real para Jesus. Outros arrancaram ramos das palmeiras e os espalharam pelo caminho.
- Hosana! – gritavam. – Salve-nos agora, Deus! Chegou o Rei há tanto tempo prometido! Deus abençoe aquele que vem em nome do Senhor!
Finalmente, o jumentinho, com o Rei às costas, entrou nas ruas de  Jerusalém."
Após ler estas palavras do evangelho, uma pergunta me vem à mente: "E se este jumentinho achasse que tudo aquilo fosse para ele e não para o Senhor?
Quando somos escolhidos pelo Senhor para uma missão, será que levamos aos irmãos o nome de Senhor Jesus ou o nosso? Somos imagem e semelhança de Deus e não o próprio Deus.
Será que temos a consciência do que é sermos servos missionários e que mesmo que o povo nos aplaudam, na verdade, tudo é de Cristo, por Cristo e para Cristo?
Você já parou para pensar que na verdade é o Senhor que nos escolhe, nos separa e nos capacita para servi-lo?
Como o jumentinho que foi preparado com mantos e depois o Senhor montou, assim devemos ser, servos de Cristo. Devemos nos preparar da melhor maneira possível, espiritualmente e tecnicamente falando, para que Jesus seja apresentado como alguém muito especial e o povo veja o carinho que temos pelos dons e carismas que Ele nos confiou.
É bem verdade que muitas vezes somos surpreendidos pela vaidade e deixamos que o orgulho nos envolva, mas queiramos, pela misericórdia de Deus, ser apenas um jumentinho, um instrumento do qual o Senhor se utiliza para chegar ao seu povo.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida


Quinta-Feira, 26 de março: A imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida foi recebida com festa pelos fieis da Paróquia São José Carpinteiro e Maria de Nazaré do Bairro Independência. 

Nossa Senhora, sempre fiel aos princípios de seu Filho, continua presente em nossa história, indo ao encontro dos que clamam por amor, justiça e paz.

Veneremos a mãe de Deus! 



segunda-feira, 16 de março de 2015

Arquidiocese de Montes Claros recebe com festa imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida




Fé e devoção marcaram o domingo de um povo que ama Nossa Senhora Aparecida. A Arquidiocese de Montes Claros, pertencente ao Regional Leste2, recebeu na manhã de domingo (15), a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida. A imagem, foi recebida por uma multidão no Posto da Polícia Rodoviária Federal que desceu em carreata – Ela no carro do Corpo de Bombeiros - até o Colégio Marista onde reuniu mais de 3mil fieis. Naquele local houve apresentações religiosas e culturais, seguida da celebração da Santa Missa, presidia pelo Arcebispo dom José Alberto Moura que também veio na caravana com o grupo de “delegados” que foram buscar a imagem no Santuário em Aparecida-SP. 

Logo depois da celebração, em procissão os fieis deixaram o colégio em direção à Catedral Nossa Senhora Aparecida, primeira Paróquia da Arquidiocese em receber a Padroeira do Brasil que deverá ficar em visita à nossa Arquidiocese por três meses. 

MOTIVO DA VISITA: A peregrinação é promovida pelo Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo, e faz parte das comemorações dos 300 anos do encontro da imagem no Rio Paraíba, em 1717. Durante três anos a imagem peregrina de Nossa Senhora percorrerá as dioceses do Brasil para celebrar a data.
Segundo o arcebispo de Montes Claros, dom José Alberto Moura, durante estes três meses será um momento importante de reflexão sobretudo que ela antecede a preparação para a 3ªAAP – Assembleia Arquidiocesana de Pastoral que acontece em agosto. “Precisamos aprender com Maria a prática diária da humildade, de saber ouvir, partilhar e amar sem medida”, disse dom José durante celebração carregada de sentimento, significados e carinho pela Mãe Aparecida. Durante sua fala, ele virava em direção à imagem e dialogava com ela frente aos fieis. Momento sublime e de muita devoção!  O encerramento da peregrinação será no dia 14 de junho, na Catedral, ainda não foi definido pela equipe organizadora sobre os horários e a programação específica para este dia. 
Confira abaixo, as  paróquias e setores que vão receber a imagem por estes três meses de visita.

Período                        Paróquia
15 e 16/03 Paróquia N.S.Aparecida - Catedral
17/03 Paróquia N.S.Fátima
18/03 Paróquia N.S.Perpétuo Socorro e todos os Santos
19/03 Paróquia Sagrado Coração de Jesus
20/03 Paróquia Santa Rita de Cássia
21/03 Paróquia N.S. da Consolação
22/03 Paróquia N.S. Conceição e São José
23/03 Paróquia Mãe Rainha
24/03 Paróquia N.S. do Carmo
25/03 Paróquia São João Batista
26/03 Paróquia São José Carpinteiro e Maria de Nazaré
27/03 Paróquia Divino Espírito Santo
28/03 Paróquia Sagrada Família
 29/03 Paróquia Menino Jesus de Praga
30/03 Paróquia São Francisco de Assis
31/03 Paróquia São José Operário
01/04 Paróquia Santos Reis
02 a 05/04 SEMANA SANTA – Imagem volta para a Catedral
06/04 Paróquia N.S.Aparecida e São José
07/04 Paróquia São Sebastião
08 a 20/04 SETOR NORTE
21 a 27/04 SETOR LESTE
28/04 a10/05 SETOR OESTE
11 a 17/05 SETOR SUDOESTE
18 a 27/05 SETOR SUDESTE
28/05 a 08/06 SETOR SUL
08 a 14/06 SETOR CENTRO


fonte: http://www.arquimoc.com/home/detalheNoticia/745

CATEQUESE DA CRISMA REFLETE SOBRE A CF 2015



CF 2015: Tema – FRATERNIDADE, IGREJA E SOCIEDADE
Lema – “Eu vim para servir” (Marcos 10,45)

INTRODUÇÃO
A CF 2015 “Fraternidade, Igreja e Sociedade”, quer, no tempo da quaresma recordar o mandato missionário de Jesus (Ide… Mateus 28,19-20). Em sua essência, a Igreja é, antes de tudo, uma comunidade em saída (missão). A Missão é ir, sem medo, ao encontro dos excluídos e convidá-los para seguir o Jesus. O missionário encurta distâncias, abaixa-se e assume a vida humana, tocando a carne sofredora de Cristo no povo.
Os setores missionários são o ambiente aonde a caridade se torna anúncio vivo. É nos setores que podemos dizer que os cristãos são presença do Evangelho na sociedade e podem colaborar na construção de uma sociedade mais justa, fraterna e solidária, preservando-a de ser excludente.
A Campanha da Fraternidade deste ano – Fraternidade, Igreja e Sociedade -, assume como objetivo geral: “Aprofundar, à luz do Evangelho, o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a Sociedade, propostos pelo Concílio Vaticano II, como serviço ao povo brasileiro, para a edificação do Reino de Deus”. O Lema da Campanha da Fraternidade 2015 é “Eu vim para servir” (Marcos 10,45).
Assume também os seguintes objetivos específicos:
– Fazer memória do caminho percorrido pela Igreja com a sociedade, identificar e compreender os principais desafios da situação atual.
– Apresentar os valores do Reino de Deus e da doutrina Social da Igreja como elementos autenticamente humanizantes.
– Identificar as questões desafiadoras na evangelização da sociedade e estabelecer parâmetros e indicadores para a ação pastoral.
– Aprofundar a compreensão da dignidade da pessoa, da integridade da criação, da cultura da paz, do espírito e do diálogo inter-religioso e intercultural, para superar as relações desumanas e violentas.
– Buscar novos métodos, atitudes e linguagens na missão da Igreja de Cristo de levar a Boa Nova a cada pessoa, família e sociedade.
– Atuar profeticamente à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para o desenvolvimento integral da pessoa e na construção de uma sociedade justa e solidária.
PRIMEIRA PARTE
CONHECENDO MELHOR A REALIDADE
As origens do Cristianismo estão na vida, pregação, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Ele assumiu e viveu a cultura do seu povo, participando ativamente dos problemas daquela sociedade. As primeiras comunidades cristãs foram perseguidas. O exemplo dos mártires tornava-as mais unidas. O Cristianismo fortalecido por este testemunho se espalhou pelo mundo daquela época.
         Hoje, nós, cristãos, temos o desafio de estabelecer uma relação com a sociedade que provoque respostas positivas aos inúmeros desafios que as pessoas mais simples enfrentam.
A ATUAL REALIDADE
Hoje, a população brasileira passa dos 200 milhões de habitantes. A expectativa de vida do brasileiro, em 2012, chegou a 74 anos. Com o aumento da expectativa de vida e a diminuição dos nascimentos (em 1960 cada mulher tinha média de seis filhos e. em 2010 caiu para 1,8), logo o Brasil terá mais anciãos que jovens. Isto acarretará para as famílias um custo adicional para o cuidado com os idosos.
Outro dado preocupante dos dias atuais é o aumento da população urbana: 85% dos brasileiros vivem nas cidades. Isso gerou o surgimento de favelas, faltam de transporte púbico, vagas em creches, etc. Mais de 50% dos domicílios no Brasil não tem coleta de esgoto. Um grave problema é o aumento do lixo. Hoje são 273 mil toneladas por dia de resíduos, a grande maioria sem um destino adequado. Somente para sanar o déficit do saneamento básico seriam necessários investimentos da ordem de 12 bilhões por ano, durante 20 anos consecutivos.
É certo que algumas políticas econômicas de inclusão geraram avanços sociais, tais como “bolsa família”, que atende 14 milhões de famílias. Após 10 anos este programa contribuiu para a diminuição da pobreza extrema da população de 9,7% pra 4,3%. Diminuiu também a mortalidade de crianças de até 05 anos, que passou de 53,7, em 1990, para 17,7, em 2011 de mortes por mil nascidos. Houve também, nos últimos 20 anos estabilidade econômica, que gerou empregos, aumento de renda, inflando a classe média, hoje estimada em mais de 100 milhões de pessoas. Esta classe média passou a consumir produtos antes restritos à classe alta: planos de saúde, escolas particulares, viagens aéreas etc.
Apesar deste grande desenvolvimento, há ainda situações de extrema pobreza preocupantes como os grupos indígenas, quilombolas, pescadores e pessoas invisíveis nas cidades, moradoras de cortiços ou pequenos cômodos isolados nos fundos de residências.  São pessoas com rosto sofrido, que precisam ser retiradas do silêncio imposto pela vergonha do não ter.
A VIOLÊNCIA
A violência é um fenômeno que não para de crescer. São 50 mil mortes violentas por ano. Isso representa a oitava pior marca entre 100 nações com estatísticas confiáveis sobre o tema. O índice de assassinatos esclarecidos é baixo, o que contribui para a sensação de impunidade. Mesmo assim, mais de 500 mil brasileiros estão detidos, grande parte por tráfico de drogas, a maioria composta por jovens, negros e pobres, com poucas oportunidades de reintegração social.  O aumento da violência provocam debates como a diminuição da menoridade penal e até a aplicação da pena de morte. O comércio das drogas aumente vertiginosamente, chegando mesmo às cidades mais afastadas dos grandes centros.
A CULTURA DO DESCARTÁVEL
A Igreja no Brasil denuncia o processo social em que as pessoas são vistas apenas sob o prisma da produção e do consumo. Quando não se prestam a estas funções, são descartadas e passam a compor a massa sobrante da sociedade.
SINAIS DOS NOVOS TEMPOS
         Em contraposição à cultura do descartável, do relativismo, preconceito religioso e materialismo, encontram-se também os sinais da formação de uma nova cultura em muitos homens e mulheres, crentes ou não, que se empenham em construir uma cultura que permita uma maior realização humana, que respeite e ajude a desenvolver a plural dimensionalidade da pessoa humana, sua autonomia e abertura ao outro e a Deus. Características desta nova cultura são:
1.       Respeito à consciência de cada um; 2- abertura à diferença e multiculturalidade. 3- solidariedade como todo criado; 4- rejeição às injustiças; 4- sensibilidade para com os pobres.

ESPERANÇA DIANTE DOS DESAFIOS
2.               O Papa Francisco exortou todos os cristãos a não assumirem uma posição pessimista diante das dificuldades presentes, nem uma posição meramente reativa ou pior, de resistência e isolamento. Ele os chamou a unir forças com os homens e mulheres de boa vontade, crentes ou não, mas que desejam agir na construção do desenvolvimento humano integral. A Igreja, partindo de Jesus Cristo, propõe-se a servir, neste contexto desafiador, com uma mensagem salvadora que cura as feridas, ilumina e descortina um horizonte para além dessas realidades. Ao chegar ao coração de cada homem e de cada mulher, a Boa Nova e a esperança da Ressurreição podem mostrar-lhes quanto são animados por Deus e capazes de contribuir para uma nova e renovada humanidade.
3.      Uma parte das novas gerações, movida pela esperança e pelo desejo de construir um mundo melhor, não aceita a indiferença, a violência e a exclusão. Esse movimento busca construir sínteses novas e criativas entre razão e sensibilidade, indivíduo e comunidade, global e local.
SEGUNDA PARTE
O que os Bispos esperam de nós

A Missão da Igreja é colocar à disposição do gênero humano as forças salvadoras que ela recebe de Cristo. Propõe salvar a pessoa humana integralmente e restaurar a sociedade humana no que se refere à sua finalidade mais autêntica: o desenvolvimento integral a partir do bem comum. Para a Igreja, a sociedade humana foi criada por um desígnio amoroso de Deus Criador e está por Ele designada a alcançar sua própria realização: a vida plena no amor por meio da participação na vida divina. A Igreja, perita em humanidades, iluminada pela Palavra de Deus, reconhece a família e a sociedade política como indispensáveis ao progresso da humanidade.
A missão específica da Igreja é de cunho religioso, e não propriamente político, econômico ou social. Ela, a Igreja, contudo não apenas colabora com a sociedade, mas também é ajudada pela sociedade. Esses dois aspectos se tornam referência tanto para a valorização das realidades terrestres – o trabalho, a ciência, a política, a economia, etc. – quanto para incentivar a inserção dos cristãos na realidade social, sendo eles próprios semeadores da Boa Nova na sociedade.
Em sua missão de anunciar o Cristo, a Igreja necessita conhecer e preparar o terreno onde lançar a semente do Evangelho. Ou seja, deve estar atenta à realidade e suas mudanças, suas inquietações e seus clamores. Para que exista a inculturação (inserção dialogal da Boa Nova na sociedade), é necessário que a Igreja leve em conta os desafios ou apelos de cada tempo e espaço.
Os novos areópagos (espaços de convivência humana) que a Igreja deve estar presente são: mundo das comunicações sociais, relações internacionais, desenvolvimento e libertação dos povos, principalmente das minorias, a promoção da mulher, do jovem, da criança, a proteção da natureza e outros.
OPÇÃO PELO SER HUMANO
E PREFERENCIALMENTE PELOS POBRES
São João XXIII, ao convocar o Concílio Vaticano II para que a Igreja pudesse compreender o mundo que a cercava naquela época, usou a expressão sinais dos tempos para mostrar a relevância dos pobres, das mulheres e dos operários na sociedade do seu tempo. Desde o Concílio Vaticano II houve transição da Igreja comprometida com o poder para uma Igreja solidária com os pobres. O Concílio indicou a necessidade de aproximar a Igreja dos pobres, não apenas no sentido da compaixão, como fizera nos séculos passados, mas também no sentido de real identificação entre Igreja e pobres. Os fiéis seguem seu Senhor que se fez pobre, não buscam glórias terrenas, mas a humildade e a abnegação.
São João Paulo II colocou a opção pelos pobres como critério do seguimento de Jesus Cristo para a Igreja (Carta Apostólica Novo Millenio Ineunte n.49). O papa Bento XVI elevou a opção pelos pobres à categoria teológica ao dizer que: “Nossa fé proclama que “Jesus Cristo é o rosto humano de Deus e o rosto divino do homem” (Documento de Aparecida (DA) n.218). Por isso, “a opção preferencial pelos pobres está implícita na fé cristológica naquele Deus que se fez pobre por nós, para nos enriquecer com sua pobreza” (DA 219). Esta opção nasce de nossa fé em Jesus Cristo, o Deus feito homem, que se fez nosso irmão (cf. Hb 2,11-12) (DA 392). O Papa Francisco propôs no início do seu pontificado o empenho por uma Igreja pobre para os pobres. E pediu, no lançamento da Campanha Mundial contra a Fome e a Pobreza, que todos os cristãos ajudem nesta Campanha liderada pela Caritas em garantir alimento para todos.

TERCEIRA PARTE

SERVIÇO, DIÁLOGO E COOPERAÇÃO
Para a Igreja, os cristãos devem ir às raízes da pobreza social, estimulando os pobres a se conscientizarem de sua situação e a assumirem a iniciativa de sua libertação.           A dignidade da pessoa humana, o bem comum e a justiça social são os critérios que a Igreja discerne a oportunidade e o estilo de seu diálogo e de sua colaboração com a sociedade. No Brasil alguns direitos básicos ainda carecem de avanços para serem disponibilizados para toda a população: 1- direito à água limpa e potável; 2- direito à alimentação; 3- direito à moradia; 4- direito à liberdade e manifestação política; 5- direito à educação; 6- direito à manifestação religiosa publicamente.
O fundamento de todos estes direitos é o direito à vida, desde a sua concepção até o fim natural. A luta pelos direitos básicos da pessoa humana ainda não se traduziu, no Brasil, em melhorias nas condições básicas da população, sobretudo dos necessitados.
O SERVIÇO DAS DIMENSÕES CATEQUÉTICO /MISSIONÁRIO DA PARÓQUIA À SOCIEDADE
O Papa Francisco chama todos os batizados a uma conversão missionária. Em Mateus 28,19-20 Jesus Cristo pede uma Igreja em saída para testemunhar a alegria do Evangelho. Fazendo referência às pessoas que experimentam desorientação e vazio interior na sociedade que primazia o descartável, o consumismo, individualismo, o Papa Francisco pede:
1- Igreja que não tenha medo de entrar na noite destas pessoas; 2- Igreja capaz de encontrá-las em seu caminho; 3- Igreja capaz de inserir em suas conversas; 4- Igreja que saiba dialogar com aqueles que vagam sem meta, com desencanto, desilusão, até mesmo do cristianismo; 5- Igreja capaz de acompanhar o regresso a Jerusalém (felicidade).
Para o Papa Francisco trata-se de estudar os sinais dos tempos ou de ver o que Deus pede de nós.
SUGESTÕES CONCRETAS PARA AS DIMENSÕES MISSIONÁRIA E CATEQUÉTICA:
– Refletir nas famílias sobre o que edifica a vida e o que não é gerador de vida e estratégias para soluções.
– Promover momentos para exercer o discernimento a partir da Palavra de Deus acerca do que ocorre na comunidade, bairro, cidade e identificar as ameaças à vida.
– Pensar formas de contribuir para a resolução de tais situações, considerando as capacitações requeridas para as ações de enfrentamento da realidade identificada.
O SERVIÇO DA DIMENSÃO SOCIAL DA PARÓQUIA À SOCIEDADE
A Igreja Católica participa efetivamente da sociedade através das pastorais sociais que atuam junto às pessoas em situação de marginalização. Estas pastorais agem em defesa da vida e dos direitos dos necessitados.
O Papa Francisco tem feito apelo em prol daqueles que são descartados na sociedade. Ele pede que as comunidades católicas se abram a este chamado, identifiquem estes grupos no ambiente paroquial e ajam através das pastorais sociais.
Na sociedade civil encontramos muitas entidades e instituições que propõem boas iniciativas, visando atender as necessidades da população carente. A Igreja declara querer ajudar e promover todas estas instituições, na medida em que isso dependa dela e seja compatível com a sua própria missão. Este diálogo também abrange o diálogo ecumênico e inter-religioso.
SUGESTÕES CONCRETAS PARA A DIMENSÃO SOCIAL
-Repensar a própria responsabilidade em relação à sociedade em temas catequéticos como: sustentabilidade, respeito aos direitos dos outros, liberdade religiosa, educação para a solidariedade, cuidado com os bens públicos.
– Criar serviços a partir das características da paróquia e capacitação dos paroquianos (reforço escolar, biblioteca comunitária, capacitação informática, mutirões de ajuda, etc.).
– Esclarecer a comunidade sobre a importância da participação nos conselhos Paritários
– Obter informações sobre os Conselhos Paritários constituídos no Município
– Escolher e preparar pessoas na comunidade para participarem em nome da Igreja nos Conselhos Paritário (Conselhos Municipais).
O SERVIÇO DA DIMENSÃO LITÚRGICA DA PARÓQUIA
À SOCIEDADE
SUGESTÕES CONCRETAS
– A comunidade insira o tema da paz em sua liturgia e orações
– Articular com outros grupos religiosos momentos de oração pela paz em lugares simbólicos
– Conhecer realidades próximas da Comunidade que apresentem conflitos e refletir sobre soluções possíveis
– Acompanhar famílias, jovens, gangues, escolas com incidência de conflitos em vista de superá-los. Apoiar as iniciativas da sociedade organizada e de organizações não governamentais que visem a cultura da paz.
O SERVIÇO DA DIMENSÃO PARTICIPATIVA DA PARÓQUIA À SOCIEDADE PARTICIPAÇÃO NA REFORMA POLÍTICA
A reforma política proposta pela Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, da qual a Igreja também faz parte, propõe:
Proibição de financiamento de candidatos por empresas
Adoção do sistema eleitoral chamado voto transparente, proporcional em dois turnos pelo qual o eleitor inicialmente vota num programa partidário e posteriormente escolhe um dos nomes da lista ordenada no partido, com participação de seus filiados e acompanhamento da Justiça Eleitoral e do Ministério Público. A promoção da alternância de homens e mulheres nas listas de candidatos dos partidos, porque o Brasil, onde as mulheres representam 51% dos eleitores, é um país onde a representação feminina conta com apenas 9% de mulheres na política.
SUGESTÕES PRÁTICAS PARA A DIMENSÃO PARTICIPATIVA
– Que a comunidade cristã não fique alheia aos processos políticos na sociedade
– Convidar pessoas para debater, traçar metas e estratégias de mobilização em vista da contribuição à necessária reforma política.


CONCLUSÃO


CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2015 Solidária à Campanha Mundial Contra a Fome

         Diante dos desafios da modernidade, que fragiliza as relações sociais e desvaloriza o caráter transcendental do ser humano através da cultura do descartável, a Igreja tem uma palavra a dizer sobre isto. A vocação missionária, pautada na opção preferencial pelos pobres, leva a Igreja a ir ao encontro daqueles que ninguém precisa, que ninguém emprega, que ninguém cuida, que tem fome de comida, de justiça, de educação, de lazer, etc.
         O Papa Francisco diz: “Vocês, queridos irmãos, não tenham medo de oferecer esta contribuição da Igreja que é para o bem da sociedade inteira, de oferecer esta palavra encarnada também com o testemunho” (Encontro do Papa com o Episcopado Brasileiro durante a JMJ 2013).
         Nossa Senhora, Mãe de Deus e nossa, nos ensine a caminhar pelas estradas da vida como testemunhas do amor revelado em Jesus Cristo. Nele, como discípulos missionários, testemunhemos a beleza do Reino de Deus.