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terça-feira, 30 de julho de 2013

Trilha sonora oficial da Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio2013)





Agora, além de escutar a trilha sonora oficial da Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio2013), também é possível aprender as letras e partituras das 15 faixas do CD “No Coração da Jornada”. Os vídeos foram elaborados de maneira simples e já estão disponíveis.


As músicas do CD serão tocadas na Missa de Envio e nos demais Atos Centrais. “No Coração da Jornada” foi lançado em maio e está sendo vendido nas lojas Americanas. O valor das vendas do produto será revertido para contribuir com os custos da Jornada.


Grandes nomes da música católica participaram do CD, que conta com a música “Seja Bem-vindo”, composta pelo padre Fábio de Melo especialmente para o Papa Francisco.


Interpretam as músicas Adriana Arydes, Anjos de Resgate, Celina Borges, Cristiano Pinheiro, Davidson Silva, Dunga, Eliana Ribeiro, Eros Biondini, Eugênio Jorge, Guilherme Sá, Irmã Kelly Patrícia, Leandro Souza, Luiz Carvalho, Márcio Pacheco, Missionário Shalom, Olívia Ferreira, Padre Fábio de Melo, Padre Gleuson Gomes, Padre Juarez de Castro, Padre Marcelo Rossi, Padre Omar, Padre Reginaldo Manzotti, Ricardo Sá, Suely Façanha, Walmir Alencar e Ziza Fernandes.
Estão disponíveis também para download as Cifras e Partituras do CD.
Acesse aqui os videos com as cifras do CD:
Fonte: site JMJ

Papa Francisco: “Eu sou filho da Igreja”

No fim da tarde de domingo, o Papa Francisco se despediu do povo brasileiro. Com a alma “cheia de recordações felizes”, o Santo Padre declarou já começar “a sentir saudades”.

Com certeza, não é só Sua Santidade que sentirá falta do Brasil. Nós também não esqueceremos esta visita do sucessor de São Pedro à nossa nação, que nos trouxe palavras de alento, conforto e esperança, mas, ao mesmo tempo, apelos de compromisso e de responsabilidade – como no discurso aos voluntários da Jornada, quando o Papa pediu aos jovens “a coragem de ir contra a corrente”, contra a “cultura do provisório, do relativo”.

É importante que estas mensagens do Sumo Pontífice encontrem terreno fértil em nosso coração, mas também se deve tomar muito cuidado com a leitura que a mídia tem feito de suas declarações. Quando vão falar sobre a fé e sobre a Igreja, muitos de nossos jornalistas e teólogos – ou, simplesmente, de nossos formadores de opinião – estão mais preocupados com a promoção de sua agenda progressista que com os valores cristãos propriamente ditos. Assim, uma palavra dita pelo Papa num contexto é imediatamente jogada nas manchetes e, então, de repente, a Igreja teria mudado sua doutrina ou negociado seus princípios morais.
Durante o voo de regresso a Roma, apesar do cansaço, o Papa Francisco decidiu conceder uma entrevista aos jornalistas presentes no avião. O Pontífice abordou temas espinhosos; entre eles, a questão da homossexualidade. Não falou nada de novo em matéria moral: “Se uma pessoa é gay e procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu, por caridade, para julgá-lo? O Catecismo da Igreja Católica explica isso muito bem. Diz que eles não devem ser discriminados por causa disso, mas integrados na sociedade.”
No entanto, vários portais de notícias comemoraram o que parecia ser a “habilitação” do ato homossexual. Nada mais falso. Basta ler o trecho do Catecismo ao qual o próprio Papa remete, demonstrando continuidade com o ensinamento moral da Igreja. Trata-se do seu parágrafo 2358:
“Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Esta inclinação objetivamente desordenada constitui, para a maioria, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição.”
Traduzindo: a Igreja continua condenando o pecado, não o pecador. E, justamente porque o ama, chama-o à conversão, à castidade. Por causa de sua condição, eles não devem ser injustamente discriminados, mas tratados com respeito e dignidade. Este é o ensinamento da Igreja e esta é a referência do Papa.
Outro momento da mesma entrevista ilustra muito bem este compromisso de Francisco com a fé e a moral católicas. Perguntado sobre sua opinião frente a questões como o aborto ou o “casamento” gay, o Santo Padre disse: “A Igreja já se expressou perfeitamente sobre isso”. O jornalista, insistente, queria saber a posição do Papa. Ele foi ainda mais enfático: “É a da Igreja, eu sou filho da Igreja”.


Por: Equipe Christo Nihil Praeponere
Site: http://www.bibliacatolica.com.br/blog/igreja/papa-francisco-eu-sou-filho-da-igreja/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+bibliacatolica+%28B%C3%ADblia+Cat%C3%B3lica+News%29#.Uff0utKR_sY

terça-feira, 23 de julho de 2013

Primeiro discurso do Papa no Brasil

discursopapa22.07O Papa Francisco iniciou o seu discurso, em português, ressaltando que a Providência o quis conduzir na sua primeira viagem internacional, à sua amada América Latina, precisamente ao Brasil “nação que se gloria de seus sólidos laços com a Sé Apostólica e dos profundos sentimentos de fé e amizade que sempre a uniram de modo singular ao Sucessor de Pedro”.
 Após, pediu “licença para entrar no coração dos brasileiros, revelando o que veio trazer ao Rio”:

Aprendi que para ter acesso ao Povo Brasileiro, é preciso ingressar pelo portal do seu imenso coração; por isso permitam-me que nesta hora eu possa bater delicadamente a esta porta. Peço licença para entrar e transcorrer esta semana com vocês. Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo! Venho em seu Nome, para alimentar a chama de amor fraterno que arde em cada coração; e desejo que chegue a todos e a cada um a minha saudação: “A paz de Cristo esteja com vocês!”
Após o Papa saudou com deferência a Presidente Dilma Roussef e as autoridades presentes, agradecendo a acolhida e as palavras que externaram a alegria dos brasileiros pela sua presença no Brasil. O Santo Padre dirigiu então uma palavra de afeto aos seus irmãos no Episcopado, “sobre quem pousa a tarefa de guiar o Rebanho de Deus neste imenso País, e às suas amadas Igrejas Particulares. Esta minha visita outra coisa não quer senão continuar a missão pastoral própria do Bispo de Roma de confirmar os seus irmãos na Fé em Cristo, de animá-los a testemunhar as razões da Esperança que d’Ele vem e de incentivá-los a oferecer a todos as inesgotáveis riquezas do seu Amor”.
O Papa observou que a sua presença no Brasil, transcende as fronteiras do país, pois veio para a Jornada Mundial da Juventude: “Vim para encontrar os jovens que vieram de todo o mundo, atraídos pelos braços abertos do Cristo Redentor. Eles querem aconchegar-se no seu abraço para, junto de seu Coração, ouvir de novo o seu potente e claro chamado: ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações’”.
E acrescentou, “Cristo abre espaço para eles, pois sabe que energia alguma pode ser mais potente que aquela que se desprende do coração dos jovens quando conquistados pela experiência da sua amizade. Cristo “bota fé” nos jovens e confia-lhes o futuro de sua própria causa: “Ide, fazei discípulos”. Ide para além das fronteiras do que é humanamente possível e criem um mundo de irmãos. Também os jovens “botam fé” em Cristo. Eles não têm medo de arriscar a única vida que possuem porque sabem que não serão desiludidos”.
O Papa disse ter a consciência de que, ao falar aos jovens, fala também “às suas famílias, às suas comunidades eclesiais e nacionais de origem, às sociedades nas quais estão inseridos, aos homens e às mulheres dos quais, em grande medida, depende o futuro destas novas gerações”. E complementou:
Os pais costumam dizer por aqui: “os filhos são a menina dos nossos olhos”. Que bela expressão da sabedoria brasileira que aplica aos jovens a imagem da pupila dos olhos, janela pela qual entra a luz regalando-nos o milagre da visão! O que vai ser de nós, se não tomarmos conta dos nossos olhos? Como haveremos de seguir em frente? O meu auspício é que, nesta semana, cada um de nós se deixe interpelar por esta desafiadora pergunta”.
O Papa ressaltou que a juventude “é a janela pela qual o futuro entra no mundo” e, por isso, impõe grandes desafios. “A nossa geração – disse Francisco - se demonstrará à altura da promessa contida em cada jovem quando souber abrir-lhe espaço; tutelar as condições materiais e imateriais para o seu pleno desenvolvimento; oferecer a ele fundamentos sólidos, sobre os quais construir a vida; garantir-lhe segurança e educação para que se torne aquilo que ele pode ser; transmitir-lhe valores duradouros pelos quais a vida mereça ser vivida, assegurar-lhe um horizonte transcendente que responda à sede de felicidade autêntica, suscitando nele a criatividade do bem; entregar-lhe a herança de um mundo que corresponda à medida da vida humana; despertar nele as melhores potencialidades para que seja sujeito do próprio amanhã e co-responsável do destino de todos”.
Ao concluir, o Santo Padre pediu a todos a “delicadeza da atenção e, se possível, a necessária empatia para estabelecer um diálogo de amigos. Nesta hora, os braços do Papa se alargam para abraçar a inteira nação brasileira, na sua complexa riqueza humana, cultural e religiosa. Desde a Amazônia até os pampas, dos sertões até o Pantanal, dos vilarejos até as metrópoles, ninguém se sinta excluído do afeto do Papa. Depois de amanhã, se Deus quiser, tenho em mente recordar-lhes todos a Nossa Senhora Aparecida, invocando sua proteção materna sobre seus lares e famílias. Desde já a todos abençôo. Obrigado pelo acolhimento!”.

Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/07/22/papa_francisco_está_no_brasil_para_a_jmj_rio_2013/bra-712823
do site da Rádio Vaticano 

Lançamento do blog PJ na JMJ

Galera Pejoteira de todo Brasil, é com muita alegria que a Pastoral da Juventude Nacional lança seu blog para a Jornada Mundial da JuventudeQueremos neste espaço provocar toda a juventude a dar seu testemunho a partir do processo que tem sido construído no Brasil para a grande celebração em 2013 no Rio de Janeiro.

Compartilhe com seus amigos em suas redes sociais esse novo endereço www.pj.org.br/jmj! Esse nosso Blog será um espaço para que os Grupos de Base Pejoteiros espalhados pelo nosso país possam acompanhar tudo o que está rolando sobre aJornada Mundial da Juventude de 2013.


Temos o espaço “Já fui” para as partilhas de quem já foi em alguma JMJ comentar sobre as experiências  vividas. Temos ainda a página da “Peregrinação da Cruz e Ícone” onde quem já recebeu esses símbolos em sua Diocese pode partilhar como foi a participação dos Grupos de Base nesse momento. Na página “Materiais” vocês encontrarão materiais para ajudar os Grupos de Base a celebrar esse importante momento da nossa Igreja, subsídios, roteiros e muito mais.

Um forte abraço e nos encontramos tanto por aqui, nas redes sociais, quanto nas estradas da vida que nos conduzem ao Reino!
Equipe Nacional do projeto Teias da Comunicação

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE NO RIO DE JANEIRO

História da Paróquia São José Carpinteiro e Maria de Nazaré


A atual Paróquia São José Carpinteiro e Maria de Nazaré teve início no ano de 1986, através de uma conversa entre um proprietário de lotes no Bairro Independência, senhor Timóteo e a senhora Maria das Mercês Alves França. Ambos sentiram a necessidade de criar neste local um grupo de oração para as reflexões bíblicas entre os moradores da comunidade. Algum tempo depois, aconteceu a primeira reunião deste grupo que recebeu o nome de Grupo de Oração Espírito Santo.
 
Juntamente com a criação deste grupo, surgem anseios por melhores condições de vida e moradia no Bairro Independência e também a acolhida da Igreja católica na comunidade que se iniciava. Em 13 de abril de 1986, Domingo de Ramos, aconteceu a primeira missa na comunidade, presidida pelo padre Silvestre José de Melo [VEJA NA FOTO ACIMA]. Nesta mesma data, a comunidade se reuniu em frente à casa de dona Mercês para celebrar o princípio da Semana Santa.
 
A comunidade se organizava e trabalhava em regime de cooperação mútua, fazendo com isso a experiência das primeiras comunidades cristãs, vivendo uma vida de união, partilha e fraternidade. Em 14 de fevereiro de 1987, o bispo de Montes Claros, dom Geraldo Majela de Castro, fez a primeira visita pastoral à comunidade e realizou uma reunião com lideranças para traçar as primeiras diretrizes que norteariam o processo da ereção da futura Paróquia.
 
Primeiros coordenadores
 
Foram escolhidos o senhor Eloi Gonçalves Freitas e a senhora Maria das Mercês França para coordenarem a comunidade nascente. A comunidade inicialmente recebeu o nome de Comunidade Sagrado Coração de Maria. Após o término da reunião, deu-se início à Celebração Eucarística, presidida por dom Geraldo. No final da Celebração, dom Geraldo se comprometeu em ajudar na construção da igreja. Ficaram como dirigentes da comunidade Clemente Oscar e Maria das Mercês Alves França.
 
Em 26 de abril de 1988, reúnem-se novamente no anexo da Escola Augusta Vale, à Rua Jamaica, 67, a comunidade com o bispo para outra Celebração Eucarística. Nessa data, a legalização do terreno da igreja estava quase pronta. Só faltava a oficialização da Prefeitura Municipal de MOC. Em 21 de maio de 1988, aconteceram as primeiras barraquinhas comunitárias. A arrecadação seria para cobrir despesas nos trabalhos iniciais da comunidade, no anexo da Escola Augusta Valle.
 
Nesta ocasião, também aconteceu a primeira Coroação de Nossa Senhora na comunidade, organizada por Cristina Alves França e Maria de Lourdes Ferreira de Souza. Em 1º de abril de 1991, o prefeito em exercício, Maria Ribeiro da Silveira, sancionou a Lei nº. 1.291, que autorizava a doação do terreno para a construção da igreja católica no Bairro Independência.
 
 
Mobilização
 
O primeiro mutirão para a construção da igreja aconteceu em 14 de julho de 1991, quando foi erigido o alicerce da igreja. Em seguida, realizou-se o primeiro encontro comunitário com a participação de 55 pessoas, momento em que foram organizadas as equipes de serviço. Em 17 de novembro de 1991, dom Geraldo Majela de Castro retorna à comunidade para realizar os primeiros batizados. Em 30 de novembro do mesmo ano, reúnem-se na casa de dona Romana as crianças da Catequese para receberem o Sacramento da Confissão, ministrado pelo padre Antônio Carlos da Silva. Essa foi a primeira turma de Primeira Eucaristia da comunidade.
 
Em 11 de janeiro de 1993, foi enviado projeto à Adveniat, solicitando ajuda financeira para a construção da igreja matriz. A resposta do pedido foi positiva. Assim, no dia 07 de novembro de 1993, aconteceu o segundo mutirão para a construção da matriz, que ficou com as paredes em pé em 14 de dezembro do mesmo ano. Logo após foi colocada a estrutura metálica e, em seguida, o piso, que ficou pronto em 22 de agosto de 1994.
 
Em 22 de março de 1995, houve a primeira Celebração Eucarística na nova igreja, presidida pelo padre Silvestre José de Melo. Até 1995, a comunidade pertencia à Paróquia São João Batista de Montes Claros. Depois ela passou à Paróquia Nossa Senhora da Consolação sob os cuidados do padre Róbson.
 
Lembranças
 
Nossa história foi iluminada com momentos de luta, esforço comunitário, muita alegria partilhada e profundo desejo em servir melhor o povo de Deus. Fazemos menção do amigo e colaborador de saudosa memória, José Maria (Liu), que sofreu uma descarga elétrica, enquanto consertava o som da igreja juntamente com seu irmão Paulinho e o amigo Carlos Mozart, vindo a falecer dias depois.
 
Em 1º de fevereiro de 1998 foi criada a Pró-Paróquia São José Carpinteiro e Maria de Nazaré, sendo elevada à dignidade de Paróquia em 27 de outubro 2005. Em julho de 2005, chegaram para morar na Paróquia as Irmãs Franciscanas Missionárias Diocesanas da Encarnação com a missão de estar a serviço da vida, sendo presença de paz e bem, principalmente entre os pobres e jovens carentes da Boa Nova de Jesus Cristo.
 
As irmãs Missionárias Diocesanas estão até hoje presentes e atuantes na Paróquia e desenvolvem importantes trabalhos pastorais. Em 27 de outubro de 2005, a Pró-Paróquia São José Carpinteiro e Maria de Nazaré foi elevada à dignidade de Paróquia pelo arcebispo metropolitano, dom Geraldo Majela de Castro, e foi designado como primeiro pároco, padre Antônio Alvimar Souza.
 
Outros párocos
 
No dia 08 de fevereiro de 2009, chegou à Paróquia, nomeado pelo arcebispo metropolitano, dom José Alberto Moura, o segundo pároco, padre Oldair Cardoso. Seu pastoreio foi marcado pelo processo de descentralização paroquial. Foram criadas três comunidades, Santa Rita, Santo Antônio e Bom Jesus, o que favoreceu maior participação do povo nas celebrações e sacramentos.
 
O terceiro pároco foi o padre José Nonato dos Santos Alves, que tomou posse no dia 18 de abril de 2010 e permaneceu até 23 de julho desse mesmo ano, data em que se afastou da comunidade. Em 19 de setembro de 2010, a posse do atual e quarto pároco: padre Raimundo Donato, também nomeado pelo arcebispo dom José Alberto Moura. Sua missão? A de dar prosseguimento aos trabalhos paroquiais pastorais iniciados pelos seus predecessores e buscar formar uma Igreja acolhedora, serviçal e missionária a serviço da vida, da esperança e da dignidade para todos. A nossa Paróquia está inserida na terceira região pastoral do Setor Centro Arquidiocesano.

Chegou o tão esperado Julho de 2013!

Brasília, 01 de julho de 2013.
CJ – Nº 0354/2013
Caros irmãos Párocos e Administradores Paroquiais, Vigários Paroquiais e demais Presbíteros.
“ _ Ai, meu Senhor! Olha que não sei falar, pois sou jovem”.

 “_ Não digas que és jovem: pois onde eu te enviar, irás; o que eu te mandar, dirás.
 [...] Vê, eu ponho minhas palavras em tua boca. Hoje eu te estabeleço sobre povos e reis,
para arrancar e arrasar, destruir e demolir, edificar e plantar” (Jr 1, 6-7.10).


O palpitar do coração dos jovens envolvidos na dinâmica da JMJ se pode sentir por todos os cantos do país. Aos pés do Redentor eles depositarão os inúmeros frutos já colhidos nestes anos de preparação e expectativas. E ali, envolvidos pelo abraço do Cristo e entusiasmados com a convivência junto aos peregrinos do mundo inteiro, os jovens recolherão as graças especiais de Deus e as bonitas experiências de Igreja para oferecê-las as suas comunidades de origem.

O clima de festa e de fortalecimento da fé e dos grandes ideais que a Jornada garante aos que dela participam vêm para endossar a voz da juventude brasileira que nestes dias tem saído às ruas para recuperar a utopia de novos tempos para o Brasil. A JMJ se torna uma forte aliada dos saudáveis manifestos em prol da vida e dos valores universais. A luta pela justiça, pela paz, pela verdade, pela solidariedade, pela dignidade, pelos direitos fundamentais do ser humano ganha força com estes jovens peregrinos que acompanharão, pessoal ou virtualmente, a Jornada. É bênção de Deus para a vida de nosso povo!

A Igreja, defensora do ser humano por mandato de Jesus Cristo, carrega a missão de defender continuamente as grandes causas que garantem vida em abundância para todos. Ela reconhece os direitos dos jovens e o seu poder de transformação. O texto-base da Campanha da Fraternidade deste “Ano da Juventude” nos incentiva a este olhar positivo: “A juventude é o tempo propício à formação para a cidadania, porque os jovens tomam ciência de seus direitos e responsabilidades. Esse é um dos compromissos da ação evangelizadora da Igreja no Brasil. Nessa formação inclui-se, de modo particular, o incentivo e a ajuda aos nossos jovens a fim de que participem efetivamente e a partir da ética cristã dos espaços que lhes são oferecidos.[...] A Campanha da Fraternidade de 2013 conclama nossos jovens e, com eles, toda a Igreja, a contagiar com a alegria e a criatividade juvenis as estruturas sociais e eclesiais a fim de que estejam dispostas a cuidar melhor do jovem sofrido, abrindo-lhes os braços da caridade e as portas da inclusão” (CF 2013, n. 230-234). É urgente valorizar e dar ouvidos a esta juventude conectada que se destaca no cenário social e eclesial, mostrando a sua capacidade de mobilização para fazer valer seus anseios: “Os jovens que crescem na cultura midiática [...] querem viver em um mundo mais pacífico, mais tolerante e mais responsável. Por isso, estão se organizando, cada vez mais, por meio das redes sociais, para defender seus direitos, a natureza, a qualidade de vida das pessoas, e construir uma sociedade mais humana e solidária” (n. 48).

Além dos benefícios que cada jovem cidadão recebe em sua formação humano-cristã, a Jornada favorece a sociedade de diversos modos, inclusive com um significativo legado social e econômico. O país que acolhe uma Jornada Mundial da Juventude só tem a ganhar. Vejam, por exemplo, toda a movimentação nas dioceses por ocasião da Peregrinação dos Símbolos da JMJ! Ao atingir mais de dois milhões de jovens, este acontecimento proporcionou-lhes crescimento da sensibilidade, do senso crítico e coletivo, dos gestos de caridade e do sentido de corresponsabilidade cidadã diante das realidades de maior sofrimento humano. A criatividade e o protagonismo da juventude conduziram-na missionariamente às várias casas de detenção, aos lixões, aos ambientes de prostituição, às creches, aos hospitais, aos moradores de rua, aos drogados, às comunidades de recuperação dos dependentes químicos, às comunidades indígenas, etc. O impacto econômico também é positivo em tempo de Jornada. Pesquisas e relatórios referentes à JMJ de Madri em 2011 revelam-nos que a Espanha foi beneficiada com mais de 350 milhões de euros e com a geração de 5 mil postos de trabalho. Segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT) os turistas jovens gastam mais e registram uma maior probabilidade de retornarem ao país visitado do que os adultos. Isto tudo nos dá segurança em afirmar que a Jornada só traz benefícios, tanto para a pessoa que dela participa quanto para a Igreja e a sociedade que a acolhem. Ela é uma providencial ocasião para que mais jovens, inclusive de outros países, celebrando juntos os mesmos ideais, fortaleçam sua vocação cristã e reconheçam sua essencial responsabilidade na construção do Reino de Deus.

A JMJ Rio 2013, antes mesmo de acontecer, já divulga alguns de seus inúmeros contributos à população brasileira, principalmente aos cariocas. O site oficial www.rio2013.com tem nos alegrado com informações a este respeito: parceria com a ONG internacional WWF (World Wide Fund for Nature) para fomentar a educação ecológica dos jovens e discutir a sustentabilidade do evento com vídeos e palestras sobre meio ambiente, água, biodiversidade, mudanças climáticas, energia sustentável, realidade amazônica; elaboração de um Guia Ecológico para jovens; projeto ousado de acessibilidade para os jovens com deficiência (visual, auditiva, intelectual e motora); inauguração do Polo de Atenção Integral à Saúde Mental (PAI), que atenderá principalmente jovens dependentes químicos; estruturação de uma rede de entidades religiosas e civis para atuar na prevenção ao uso de drogas e tratamento de dependentes; significativos investimentos com a segurança e a infraestrutura que beneficiarão a população após o evento; geração de empregos.


E em nossa realidade paroquial, quais os impactos que a JMJ está deixando? Como estamos aproveitando de toda esta oportunidade para a evangelização da juventude? Que serviços nossas paróquias estão prestando para o amadurecimento da dimensão social do jovem cristão que deseja participar mais da vida da Igreja e da Sociedade? Nossos grupos, catequese, encontros, retiros, movimentos, pastorais estão atentas às buscas e desafios dos jovens, abordando junto a eles os temas que dizem respeito a sua vida cotidiana e social? A Doutrina Social da Igreja é trabalhada junto a eles favorecendo-lhes conteúdo substancioso e seguro para o diálogo e participação na sociedade? Como garantir aos jovens envolvidos na JMJ um ambiente paroquial que realmente contribua com o amadurecimento da dimensão pessoal, espiritual, eclesial, social de sua vocação cristã?

Como é bom constatar que muitos jovens católicos, de nossas paróquias, estão despertando para a importância e o prazer de serem verdadeiros cidadãos; colaboradores especiais de uma nova sociedade. Um jovem católico de 23 anos que estará no Rio de Janeiro para a JMJ me disse, após participar das recentes manifestações: “Estou emocionado com este momento de manifestação da nossa juventude nas ruas! Sinto-me cidadão lutando pelos direitos das pessoas! A JMJ veio em boa hora, reforçando e abençoando as nossas reivindicações. Além do mais, o papa Francisco nos brindará com reflexões de apoio a nossa voz.”

Queridos irmãos, vamos apostar no novo que os jovens carregam para o benefício de todos. A JMJ vem incrementar os ideais cristãos e animar a vocação de discípulo missionário de nossos jovens. Não percamos este tempo de graça que a Jornada vem nos trazer. Qualifiquemos a nossa presença e o nosso serviço junto a eles.

Divulguemos, principalmente pelas redes sociais com a ajuda dos próprios jovens presentes nelas, os horários dos eventos da Jornada naquela semana do dia 23 a 28 de julho, para que os que não poderão se fazer presentes possam estar sintonizados com este importante acontecimento a favor da juventude, da Igreja e da sociedade. E promovamos uma verdadeira corrente de oração para que tudo transcorra do jeito que Deus deseja e para que nenhum imprevisto comprometa negativamente a organização do evento.

Apostar nos jovens, com tudo aquilo que implica esta postura, é compromisso audacioso e gesto profundo de conversão pastoral.

Bênçãos de Deus a todos e proteção materna de Maria, Mãe da Juventude.

E até o Rio de Janeiro!



Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb

Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB
01/07/2013 - 07:06hs