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segunda-feira, 20 de maio de 2013

VIRTUDES / ESPIRITO SANTO

As VIRTUDES dispõem os cristãos a viverem em relação com a Santíssima Trindade. Têm Deus como origem, motivo e objetivo. É uma disposição habitual e firme de fazer o bem.

VIRTUDES CARDEAIS – a prudência, a justiça, a fortaleza e a temperança.

A Prudência nos faz discernir o bem e o mal.

A Justiça é a vontade constante de dar a Deus e ao próximo o que lhe é devido.

A Fortaleza dá segurança nas dificuldades, firmeza e constância na busca do bem.

A Temperança modera a atração dos prazeres sensíveis e procura o equilíbrio no uso dos bens criados.

VIRTUDES TEOLOGAIS – São: Fé, Esperança e Caridade vivificam todas as virtudes morais.

Pela FÉ, cremos em Deus e em tudo o que ele nos revelou.

Pela Esperança, ansiamos pela vida eterna.

Pela Caridade, amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como Ele nos amou. Ela é o vínculo da perfeição (Cl.3,4).

A Graça do Espírito Santo nos dá a justiça de Deus. A Graça é o auxílio que Deus nos concede para responder a nossa vocação de nos tornar seus filhos adotivos.

A Graça Santificante é um Dom Gratuito. Deus infunde o Espírito Santo em nossa alma para curá-la do pecado e santificá-la. Ela nos faz agradáveis a Deus.

Através do Espírito Santo podemos merecer para nós, e para os outros, todas as graças úteis para receber a vida eterna e os bens temporais necessários.

O espírito Santo que Cristo, Cabeça, derrama nos seus membros, constrói, anima e santifica a Igreja. Na plenitude do tempo, o Espírito Santo realiza em Maria todas as preparações para a vinda de Cristo no Povo de Deus. E pela ação do Espírito Santo nela, o Pai dá ao mundo, o EMANUEL, DEUS CONOSCO (Mt1,23).

OS DONS E FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO

A vida moral dos cristãos é sustentada pelos dons do Espírito Santo que tornam o homem dócil para seguir os impulsos do mesmo Espírito.

Os sete Dons do Espírito Santo são: Sabedoria, inteligência, Conselho, Fortaleza, Ciência, 
Piedade e Temor de Deus. Eles completam e levam à perfeição as virtudes daqueles que os recebem.

O DOM DE DEUS – DEUS É AMOR (Jo.4,8-16) e o Amor é o primeiro dom. Nele, estão contidos os demais. Este AMOR, “Deus o derramou nos nossos corações pelo Espírito que nos foi dado” (Rm.5,5).

O Apóstolo Paulo nos diz: “Existem dons diferentes, mas, o Espírito é o mesmo”, diferentes serviços, mas, o Senhor é o mesmo”(Co 12,4).

O Espírito nos dá o Dom da Escuta, isto é, a capacidade de escutar a voz de Deus e a voz daqueles que ninguém escuta.

O Espírito nos comunica o Dom da Oração. É o dom que nos faz desejar ficar com Deus, responder-lhe, falar-lhe nossos problemas e as necessidades do nosso povo.

O Espírito nos dá o Dom do Anúncio, ajudando-nos a proclamar a todos, com as palavras e a vida, a Boa Nova que salva.

O Espírito nos dá o Dom da Fraternidade que é a disponibilidade de aceitar e promover a todos como irmãos e filhos do mesmo Pai.

Os Dons que recebemos do Espírito Santo em abundância devem ser usados para nossa santificação e para promover os irmãos que mais precisam. Em Mateus encontramos a Parábola dos Talentos que nos faz refletir sobre o bom uso dos Dons do Espírito Santo (Mt.25,14-15).

A partir do Dia de Pentecostes, o Reino anunciado por Cristo está aberto aos que crêem nele. Na humildade da carne e na fé, eles participam da comunhão da Santíssima Trindade. O Espírito Santo faz o mundo entrar nos últimos tempos, pois o tempo da Igreja, o Reino já recebido em herança, mas ainda não consumado: “Vimos a verdadeira Luz, recebemos o Espírito Celeste, encontramos a verdadeira fé: adoramos a trindade invisível, pois foi ela quem nos salvou” (Liturgia Bizantina).

Os Frutos do Espírito Santo são perfeições que o Espírito Santo modela em nós como primícias da glória eterna. A tradição da igreja enumera doze: “caridade, alegria, paz, paciência, generosidade, bondade, benignidade, mansidão, fidelidade, modéstia, continência e castidade”(Gl.5,22-23)

Nomes e Simbolos - Espírito Santo

NOMES DO ESPÍRITO SANTO
O termo Espírito vem do hebraico “Ruah”, que significa sopro, ar, vento. Espírito e Santo são atributos divinos, e comum às três pessoas: Espírito Santo.

PARÁCLITO – Aquele que é chamado para perto de. É habitualmente traduzido por: Consolador, sendo Jesus o primeiro Consolador.

O próprio Senhor chama: Espírito da Verdade, Espírito da Promessa, Espírito de Cristo, Espírito do Senhor, Espírito de Deus e Espírito da Glória, em diversas citações bíblicas.

OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO

A ÁGUA - O símbolo da água é significativo da ação do Espírito Santo no Batismo. Após a invocação do Espírito Santo Ele se torna o sinal sacramental eficaz do novo Nascimento.

A UNÇÃO – A unção com óleo, também é significativo do Espírito Santo até o ponto de se tornar sinônimo dele (Jo. 2,20-27). É o sinal sacramental da confirmação.

O FOGO – O fogo significa a energia transformadora dos atos do Espírito Santo. O profeta Elias que “surgiu como fogo cuja palavra queimava como uma rocha” (Eclo.48,1), pela sua oração atrai fogo do céu sobre o sacrifício de Monte Carmelo (1Rs.18,1), figura do fogo do Espírito Santo que transforma o que toca.

A NUVEM E A LUZ – São símbolos inseparáveis nas manifestações do Espírito Santo, a nuvem ora escura, ora luminosa revela Deus Vivo e Salvador, escondendo a transcendência da sua Glória com Moisés no Monte Sinai durante a caminhada pelo deserto, e na tenda das Reuniões, que cobre a Virgem Maria com a sua sombra para que ela conceba Jesus, no Monte da Transfiguração e finalmente é essa nuvem que subtrai Jesus aos olhos dos discípulos no Dia da Ascensão (At.1,9).

O SELO – É um símbolo próximo ao da unção. É o Cristo que Deus marcou com o Seu Selo (Jo. 6,27). Por indicar o efeito indelével da unção do Espírito Santo nos sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Ordem, a imagem do “SELO” tem sido utilizada em certas tradições teológicas para exprimir o “caráter” indelével impresso por estes três sacramentos que não podem ser reiterados.

A MÃO – É impondo as mãos que Jesus cura os doentes e abençoa as criancinhas. A Epístola dos Hebreus coloca a imposição das mãos entre os artigos fundamentais do ensinamento. É o sinal da efusão onipotente do Espírito Santo. A Igreja conservou nas suas epicleses sacramentais.

O DEDO – É pelo dedo de Deus que Jesus expulsa os demônios (Lc.11,20).

A POMBA – No fim do dilúvio, a pomba solta por Noé volta com um raminho de oliveira no bico, sinal que a terra de novo é habitável. Quando Cristo volta a subir da água do seu Batismo, o Espírito Santo desce e sobre Ele e permanece (Mt.3,16). O símbolo da pomba para traduzir o Espírito Santo é tradicional na iconografia cristã.

Pentecostes, a paz e o Espírito Santo em Nós...

Pentecostes em grego, significa qüinquagésimo. Pentecostes, ou Festa da Messe, era celebrada pelos judeus 50 dias após a Páscoa.

Lucas aponta o ideal que deve orientar a caminhada de nossas comunidades em sua narração da descida do Espírito Santo sobre os 120 discípulos e discípulas no Dia de Pentecostes.

No dia de Pentecostes, todos os Apóstolos estavam no cenáculo. Foi um dia extraordinário, para eles e para Maria, que com eles, esperava o Espírito Santo prometido por Jesus.

O Espírito fez transformações naquelas pessoas que de lá saíram anunciando a todos o Ressuscitado. Assim, nascia a Igreja de Jesus, carregando a Missão de levar a Boa Nova da Salvação até as extremidades da terra.

Possuídos pelo Espírito, os apóstolos adquiriram uma nova compreensão de Jesus e tudo que Ele havia dito e feito. Daí atraíam multidões, davam força e enriqueciam a Igreja. Entre nós, há pessoas impregnadas pelo Espírito Santo, mas qualquer um de nós, deve falar quando e como o Espírito Santo se manifestou com maior evidência em sua vida.

A Festa de Pentecostes acontece em Jerusalém que nesta ocasião estava cheia de peregrinos de todas as partes do mundo. Era gente piedosa, aberta aos apelos de Deus. Mesmo assim, se perguntavam: O que quer dizer tudo isso?(At.2,12).

Quem pode conter o vento, o fogo e as línguas do Espírito? A simbologia nos indica a força vital e a energia divina que o Espírito dá vida às criaturas.
Os Apóstolos, de medrosos (Jo. 20,19), abrem agora as portas e enfrentam a multidão (At.2,14). Dão testemunho corajoso anunciam a Boa Nova, mesmo com tantas dificuldades(At.13,4).
 
O sentido de Pentecostes é muito atual em nossos dias, sobretudo ao pensarmos na grande diversidade de pessoas que convivem no espaço da cidade. Gente que vive de esperanças, que quer dar sentido à própria vida e que está aberta para acolher a novidade da presença de Deus.

Muitas pessoas de hoje, como os apóstolos, cada vez mais despertam para um maior compromisso com a fé.

A Força do Espírito Santo atua escondida no ordinário da vida, no diálogo franco e aberto, para a construção da paz e da justiça, na superação da fome e da miséria, na alegria das crianças que são acolhidas, na maior participação da juventude, no afagar carinhoso dos idosos, na aceitação da dor, no servir, sem buscar referências, na oração silenciosa, no pedir desculpas, na escuta de alguém.

Sinalizados com o fogo do testemunho, com o vento da coragem e com a língua do ardor da Palavra, podemos trabalhar para que as nossas comunidades sejam comunidades de partilha.

Partilha da Vida - “E colocavam tudo em comum” (At.2,44). Partilhar não só os bens, mas os sentimentos, as experiências de vida.

A partilha é a atitude visível da presença do Espírito.

Mãe de DEUS

Meditando o evangelho de S.Mateus fica claro que Maria é a Mãe Virginal do Messias, por ação do Espírito Santo (Cf. Mt 1,1-16; 1,18-25 relendo Is. 7,14); ali ela é apresentada como nova Jerusalém; novo Templo; trono do novo Rei; Rainha-Mãe (Mt 2,10-20); é ainda a companheira inseparável do Filho (Mt 2, 11.13.14.20).

Num claro paralelismo de Mt 1,1 e Gn 2, 4; 5,1, o evangelista apresenta o nascimento de Cristo como nova criação e o ventre de Maria como nova terra virgem da qual o Espírito de Deus faz brotar a vida.

No Evangelho de S. Lucas, Maria é a mulher de fé e discípula ideal, aquela que ouvindo atentamente os apelos do Senhor e meditando o seu sentido os realiza em sua vida; a mulher agraciada e totalmente aberta à ação de Deus ; pelo magnificat, comprometida com a história e profetiza de libertação; representante dos humildes e peregrina na fé.

 Nos escritos de S.João ela aparece estreitamente associada à hora e à glorificação de seu filho. É “mediadora da fé; Mãe da comunidade; mulher, símbolo da igreja, da nova humanidade”. Em Caná, Maria, em seu ato de fé e em sua súplica, aparece como representante da humanidade em dificuldade… ; ali, de mãe torna-se serva de Jesus; com o seu  ‘ fazei tudo’, ela que é toda relativa ao filho predispõe-nos a acolhê-lo. Junto à cruz, por vontade de Cristo, torna-se mãe espiritual de todos os crentes, personificação da nova Jerusalém – Igreja , mãe universal dos filhos de Deus dispersos.

No centro da mensagem cristã, está a proclamação da manifestação de Deus na historia, através de Cristo. E  pela escolha de Deus, Maria ficou para sempre inserida nessa realidade. Ela é para todos nós uma  imagem do que Deus pode fazer em favor do homem, e  também da resposta que o homem foi capacitado a dar ao seu Deus.

Na caminhada de fé, Maria será o exemplo mais belo de seguimento a Jesus, discípula perfeita de seu filho a atrair os fiéis com amor materno para ensinar-lhes a dizerem sim ao Pai e a fazerem o que Jesus disser (cf. Jo 2,5).   

Rogai por nós Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo!

MAIO, mês de Maria

Maio chegou e com ele o tempo das coroações a Maria. 

Como é bonito ver em nossas comunidades as crianças cheias de pureza e simplicidade homenageando a mãe de Jesus. 

Há quem não compreenda essa nossa devoção mas é preciso reconhecer que Maria nos aproxima de Deus e nos ensina a amá-lo. A veneração a Nossa Senhora é um dado patente da vida da Igreja em todo o seu existir. Maria não está em cena por acaso. Ela pertence ao plano salvífico de Deus anunciado na antiga aliança e plenamente realizada na nova. 

A base de nossa veneração a Maria é a Sagrada Escritura, que mostra o seu lugar na historia da salvação: Ela é aquela que encontrou graça junto de Deus, aquela que a exemplo de uma outra Maria – a irmã de Marta – também tem uma parte que não lhe será tirada (cf. Lc 10, 42). Prenunciada em textos como Gn. 3,15; Is 7,14; Mq 5,2s. Maria sobressai entre os humildes e pobres do Senhor que d’Ele esperam a salvação, é como Filha de Sião que vê realizar-se em si a antiga promessa. 

A anunciação do anjo manifesta o desejo do Pai de que a encarnação fosse precedida da aceitação da que era predestinada a ser mãe de seu Filho. Toda Santa, imune do pecado, como que plasmada do Espírito Santo, cheia de graça (cf. Lc 1,28) abraçando com coração pleno a vontade salvífica de Deus, Maria consagrou-se totalmente como serva do Senhor, à pessoa e à obra de seu Filho, servindo sob Ele e com Ele ao mistério da redenção. Cooperou pois Maria, não como instrumento meramente passivo, mas sim, com livre fé e obediência para a salvação humana.

Unida ao Cristo desde a encarnação, passando pela sua vida publica, avançando em peregrinação de fé, Maria manteve esta união com o Filho até a cruz, onde esteve não sem desígnio divino. Veementemente sofreu junto com seu Unigênito. E com ânimo materno se associou ao seu sacrifício.Após implorar com os apóstolos o derramamento do dom do Espírito em Pentecostes, a Imaculada Virgem, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à gloria celeste, onde pelo Senhor, foi exaltada Rainha do Universo.