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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

PREPARANDO ADVENTO / DINAMICAS "CONTINUAÇÃO"

3.º DINÂMICA


1) Maria é uma figura central na caminhada para o Natal.


Diz o anjo: “Não tenha medo, Maria, pois você encontrou graça diante de Deus” (Lc 1, 30).

Maria representa todos os que confiam em Deus e nele prosseguem sem medo. Representa ainda os que percebem os sinais da presença amorosa e fiel de Deus em todos os tempos.

• Fazer o grupo recolher símbolos expressan do os sinais da presença amorosa de Deus. A cada apresentação pode-se repetir um refrão: “Minha alma proclama a grandeza do Senhor” (Lc 1, 46).


1.º Água – representa a vida do nosso povo que continua lutando por casa, comida...

2.º Plantinha verde – significa a esperança de ver as crianças crescendo com saúde, educação...

3.º Mãe grávida – vida nova a ser gerada, sinal da presença amorosa de Deus.

4.º Velas coloridas – a alegria da espera da festa, porque o Senhor vem.

5.º Flores – o colorido da natureza, presente e gratuidade de Deus.

6.º Pão – pão que sacia a fome da acolhida, partilha e igualdade.

7.º Cesta com frutas e produtos da terra – sig- nificando serviço, trabalho, suor de tantos trabalhadores e trabalhadoras e o sonho da multidão dos “sem terra”. Outros...



4.º DINÂMICA
Maria continua presente nos pequenos fatos contados pelo Evangelho.

Ela é que sai de seu lugarejo e vai às pressas à casa de Isabel.

Tempo do Advento é tempo de ficarmos todos, como Maria e Isabel, atentos ao que Deus nos pede, até nas pequenas coisas do nosso dia-a-dia.

Hoje, na corrida da vida, nem percebemos quem vai ao nosso lado.

Maria, porém, tem pressa para ir ao encontro de sua prima, que precisa de ajuda, companhia, carinho, atenção...

a) Ler o texto do Evangelho de Lc 1, 39-45.

b) Dramatizar ou contar com as próprias palavras o texto.

c) Vestir duas mulheres que representem Isabel – idosa, Maria – jovem.


Isabel espera João Batista, Maria espera Jesus. Isabel gerou o último profeta, Maria, gerou aquele que todos esperavam, o Salvador do mundo, o Filho de Deus.

Pode-se fazer uma entrevista às duas mulheres refletindo sobre a grandeza, a generosidade, o mistério, o maravilhoso, a ternura de Deus para com seu povo, através de João Batista e de seu Filho Jesus.

Deus realiza grandes obras através dos pequenos.



Consultar os textos:
- Lc 3, 1-20; Lc 1, 26-56; Lc 1, 57-80.



5.º DINÂMICA

Maria tem pressa, não para fazer compras, nem para ir a um baile, nem para fofocas com as vizinhas, nem para investir seu dinheiro no banco, ou na bolsa de valores de Jerusalém.

Ela tem pressa para encontrar-se e partilhar sua experiência de ser mãe com outra mãe, Isabel.


PARA REFLETIR

• A nossa pressa é só para comprar, consumir?

• A nossa pressa é para encontrar-se e melhorar as relações entre pais, filhos, amigos, vizinhos, colegas de trabalho... com Deus?

• A nossa pressa é para praticar a solidariedade com as dores, inqui- etações, necessidades humanas?

• A nossa pressa é para encontrar-se, festejar, celebrar, alegrar-se, abra- çar-se, trocar afetos, reconciliar-se...?

• A reflexão pode ser feita, após a apresentação em forma de Teatro.

• Cada participante, ou em grupo, pode desenhar tipos de encontros mais freqüentes e dizer o que mais agrada. Nosso encontro com o aniversari- ante Jesus, como será? Fazer uma partilha.



Em cada encontro podemos sempre ser, através de nossa vida, uma boa notícia: no acolhimento dos irmãos, na busca da reconciliação, na valorização dos pequenos gestos, no testemunho de confiança, na luta por mais vida, no crescimento da fé.



Advento é convite para preparar bem a grande festa do aniversariante: Jesus Cristo. Nesta festa há lugar para os que forem capazes de construir relações igualitárias, onde ninguém ficará à margem, mas todos serão convidados a entrar na ciranda e cantar, dançar, pular, porque a salvação do nosso Deus chega a toda a humanidade e se torna vida na acolhida fraterna entre irmãos e irmãs.



Ir. Marlene Bertoldi


PREPARANDO O ADVENTO / DINÂMICAS

O tempo do Advento é o tempo da “manifestação do Senhor”.

São três etapas definidas:

• a preparação, no período denominado, Advento;
• a celebração, centralizada nas cerimônias do nascimento do Senhor;
• tempo de manifestação pública, marcado pela Festa da Epifania.


Vamos entrar no Advento em clima de esperança, trazendo presente que todas as pessoas, pobres, ricos, crianças, jovens, adultos, idosos, estão sempre buscando a felicidade, manifestada em anseios de mais amor, compreensão, ternura, acolhida, mas também casa, comida, saúde... Na esperança, ainda, de que justiça e paz se abracem e que todos os povos esqueçam as guerras, as diferenças, os confrontos e que possam caminhar para uma maior reconciliação.



1.º DINÂMICA
Advento é tempo de acolher a Deus e os irmãos em nossa vida. Para isso, é preciso manter-se vigilante e lutar contra atitudes que desfavorecem o crescimento da alegria, concórdia, partilha, perdão... É preciso manter-se unido na defesa de qualquer irmão ameaçado.

1) Trazer jornais e escolher tudo o que inspira esperança, vida...

Com figuras, formar um painel com a Palavra NATAL. Recortar bolas para colorir o painel. Nas bolas expressar, em palavras, como sonhamos festejar o Natal. Ex.: vida, justiça, igualdade... Lembrando que a melhor festa é aquela que preparamos. Deus é festa. Deus é esperança. Deus é razão de nossa esperança,...



2.º DINÂMICA

1) Usar frases do tempo do Advento para fazer uma reflexão e construir algumas práticas e propostas.


A) “Levantem-se e ergam a cabeça, porque a libertação de vocês está próxima”(Lc 21, 28).

• Diante de que precisamos erguer a cabeça?

• De que maneira podemos criar coragem e erguer a cabeça diante de situações onde a vida é ameaçada?


B) “Tomem cuidado para que os corações de vocês não fiquem insensíveis” (Lc 21, 34).

• Quando e como o nosso coração é insensível?

• Qual o remédio para torná-lo sensível?


C) “Cresça o amor entre vocês” (1Ts 3, 12).

• É o amor a atitude fundamental em nossa vida? Por que sim? Por que não?

• Que práticas podemos sugerir para vivenciar o amor preparando-nos para o Natal?


D) “Foi nesse tempo que Deus enviou a sua Palavra a João” (Lc 3, 2).

• Como é que Deus está falando, hoje?

• Com quem Ele pode estar falando?

• Aonde ele está falando? Em que fatos?

• Eu o escuto falando na minha vida? Como?


E) “Esta é a voz daquele que grita no deserto; preparem os caminhos do Senhor” (Lc 3, 4).

• Quais são, hoje, os grandes desertos, onde predomina a surdez, a indiferença, a aco- modação diante do valor da vida e da fé?

• Que sinais poderíamos criar para fazer o deserto florir?


F) “Deus está no meio do povo e vem para renovar o seu amor. Não tenha medo e nem se acovarde, pois, Ele é o libertador” (Sf 3, 16-17).

• É tempo de preparar a festa, porque ele vem. Que tipo de festa Deus quer?

• Como preparar bem esta festa?


G) “Maria partiu às pressas dirigindo-se a uma cidade da Judéia, entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel” (Lc 1, 39-40).

• Maria e Isabel se encontram e partilham os mesmos sonhos e a mesma missão.

• Como são nossos encontros entre amigos, familiares? Eles criam um relacionamento fraterno, de respeito, de igualdade, amizade, ajuda, compreensão...? Como?

• Com quem precisamos nos encontrar para uma verdadeira reconciliação? Que propos tas temos?

As respostas podem ser criativas:

• Em forma de Happ, ou música popular.

• Desenhos animados ou em quadrinhos.

• Teatro ou música.

• Dança com gestos.

• Colagem de figuras.

• Trabalho em argila, ou massa.

• Palavras em faixas.

• Uso de fantoches.

• Uso de símbolos desenhados ou reais.

• Mensagens escritas em forma de cartões.


Ir. Marlene Bertoldi

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Solenidade de Cristo Rei

Com a festa de Cristo-Rei, termina o atual Ano Litúrgico. E com o Tempo do Advento, inicia-se o Novo Ano


Com o findar do Ano Litúrgico, a Igreja nos convida para um momento de reflexão maior quanto à consciência que todos devemos ter de nosso tempo e vida a caminho do definitivo, a vida eterna. Através de momentos fortes, como a recordação da morte no dia de finados, a nossa vocação à santidade celebrada na festa de todos os santos e a festa de Cristo Rei, a liturgia nos conduz para a consciência que o tempo presente é o tempo útil a caminho da eternidade. Precisamos tomar consciência que o tempo presente é o único tempo que possuímos como espaço sagrado que Deus nos dá para construirmos o Reino de Deus rumo à casa do Pai.

Por vezes, não nos soa bem aos ouvidos e à mente falarmos em festa de Cristo Rei diante da desvirtuação do exercício do poder nos tempos em que vivemos. Mas, foi o próprio Cristo que se reconheceu como o Rei de Israel e da humanidade diante de Pilatos que o questionava: 'Tu és rei? Sim, Eu o sou 'Lc.23,3. 'Só que meu reinado não é deste mundo'.

Sabemos pela fé, que a autoridade de alguém, sendo Papa ou Rei, bispo, padre, religioso, pai, mãe, patrão ou operário, tem origem divina. Foi Jesus quem disse que toda autoridade provém de seu Pai. Ninguém a teria se não lhe fosse concedida do alto. A partir de Cristo, a autoridade não é poder, mas é um bem a serviço dos irmãos, particularmente dos mais pequeninos. São Paulo em sua carta aos Filipenses, ensina: 'Sendo Cristo de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo tornando-se em tudo semelhante aos homens e uma vez feito homem se humilhou até a morte e morte de cruz'.Fp.2,5-8.

Cristo ao nos falar e convidar para seu reinado colocou uma única exigência: Amar o Pai como Ele O amou sendo em tudo fiel a Seus mandamentos e amarmo-nos mutuamente como Ele nos amou Jô.17-9-17. Cristo, ao colocar esta exigência como condição para os que desejam participar de seu reinado, Ele próprio dá o exemplo. Sendo Jesus, o Filho de Deus, desnudou-se de seu poder e vestes, toma de uma bacia lava, enxuga e beija os pés de seus discípulos. Após este gesto, Jesus se levanta e ensina com autoridade: 'Vós me chamais vosso Mestre e Senhor e dizeis bem, porque Eu o sou. Logo se Eu vosso Senhor e Mestre vos laveis os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também vós. O servo não é maior que o seu Senhor, nem o enviado maior daquele que o enviou. Se compreenderdes estas coisas, sereis felizes, sob a condição de as praticardes' Jô.13-12-17. É e será sempre nesta direção e dimensão que o reinado de Cristo deve ser compreendido e acima de tudo vivido.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Dia de todos os Santos e Finados


O início deste mês de novembro é marcado por duas datas que nos fazem pensar e refletir, sendo a quinta-feira (01) Dia de Todos os Santos e sexta-feira (02) Dia de Finados.

A Enciclopédia Católica define o Dia de Todos os Santos como uma festa em “honra a todos os santos, conhecidos e desconhecidos”. No fim do segundo século, professos cristãos começaram a honrar os que haviam sido martirizados por causa da sua fé e, achando que eles já estavam com Cristo no céu, oravam a eles para que intercedessem a seu favor. A comemoração regular começou quando, em 13 de maio de 609 ou 610 DC, o Papa Bonifácio IV dedicou o Panteão — o templo romano em honra a todos os deuses — a Maria e a todos os mártires. Markale comenta: “Os deuses romanos cederam seu lugar aos santos da religião vitoriosa.” Fonte: Wikipédia – A enciclopédia livre.

O Dia de Finados é o dia da celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. É o Dia do Amor, porque amar é sentir que o outro não morrerá nunca.

É celebrar essa vida eterna que não vai terminar nunca. Pois, a vida cristã é viver em comunhão íntima com Deus, agora e para sempre.

Desde o século 1º, os cristãos rezam pelos falecidos; costumavam visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio. No século 4º, já encontramos a Memória dos Mortos na celebração da missa. Desde o século 5º, a Igreja dedica um dia por ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém se lembrava.

Desde o século XI, os Papas Silvestre II (1009), João XVIII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia por ano aos mortos.

Desde o século XIII, esse dia anual por todos os mortos é comemorado no dia 2 de novembro, porque no dia 1º de novembro é a festa de "Todos os Santos".

O Dia de Todos os Santos celebra todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados. O Dia de Todos os Mortos celebra todos os que morreram e não são lembrados na oração.


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Em quem o Católico deve votar?

Critérios para escolha dos candidatos:


Que o candidato seja uma pessoa que tenha fé em Deus demonstrando isso:

• Pela participação da comunidade cristã.

• Pela honestidade/honradez. Não estar envolvido em negócios escuros como tráfico de drogas, apropriação indevida de dinheiro público, de terrenos urbanos e de terras rurais.

• Pelo cumprimento da palavra dada. Não a toda mentira, falsidade e deslealdade.

• Pela promoção da justiça.

• Pela opção em favor dos excluídos.

Que o candidato tenha princípios éticos. Ter princípios éticos significa:

• Não corromper os eleitores, não comprar votos, oferecendo dinheiro, favores, fazendo promessas.

• Não se deixar corromper. Tem candidatos que se vendem por dinheiro, para alcançar vantagens pessoais.

• Promover o bem comum. Defender os interesses principalmente da população mais carente nas periferias, e não apenas os interesses de grupos de elite.

• Ter assumido o compromisso de passar informações verdadeiras à população e de tornar público o que acontece por trás dos bastidores.

Ter responsabilidade, senso crítico e autonomia.

Que o candidato tenha uma suficiente qualificação. Exercer uma função política exige preparo.

• Ter clareza das suas atribuições

• Ter uma cultura e formação política e ética

• Ter conhecimento como funciona uma prefeitura e uma câmara de vereadores, quais as suas tarefas.

• Estar em contato com a população, ouvir as reclamações e levar ao conhecimento do governo municipal.

• Lutar em favor de uma participação progressiva da população na administração municipal. (Orçamento participativo, Conselhos Municipais).




DICAS


Votar é um dever e um direito de cada cidadão!


Não vote em quem você não conhece!


Antes de votar colha informações sobre a vida pessoal e profissional do candidato!


Não tenha memória curta!

COMO FUNCIONA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL?

São atribuições do prefeito:


• Exercer, com o apoio dos auxiliares diretos, a direção superior da administração local

• Elaborar e encaminhar projetos. Estes projetos devem atender o Bem Comum de toda a população e não apenas de alguns grupos privilegiados.

• Ter uma administração transparente nos seus atos e ações. Prestar contas mensalmente do dinheiro público.

• Promover a participação popular através dos conselhos municipais.

• Descentralizar a administração.



São atribuições da Câmara de Vereadores:

• Aprovar ou não aprovar os projetos propostos pelo prefeito.

• Fiscalizar e controlar os atos do poder executivo (Prefeito). Sendo um órgão de fiscalização dos atos do governo municipal, a câmara de vereadores tem o dever de zelar pela transparência do dinheiro público.

• Informar e publicar mensalmente o balanço de entradas e saídas.




EM QUE O ELEITOR PRECISA PRESTAR ATENÇÃO?


Nas prioridades de governo que cada candidato apresenta. Os maiores desafios do município são: desemprego – fome – violência.

• Deveriam ser Prioridades: melhoria de qualidade de vida dos bairros da periferia; asfalto; saneamento básico; centros de saúde familiar; assumir as creches existentes no município; políticas públicas de educação para tirar os jovens da ociosidade; financiar projetos de iniciativa popular; investir em cooperativas; apoiar reforma agrária e política agrícola voltada para os pequenos produtores.



Quem financia a campanha eleitoral.
• Ninguém empresta dinheiro de graça! Ele sabe que depois receberá o dinheiro de volta e será beneficiado e favorecido de mil maneiras. Financiar uma campanha eleitoral é a forma mais comum de amarrar os candidatos, para tirar proveito para si mesmo. Fiquemos atentos! 

O ANALFABETO POLÍTICO

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nascem a prostituta, o menor abandonado, o assaltante, e o pior de todos os bandidos, o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.

(Bertold Brecht, escritor, viveu de 1898 a 1956 na Alemanha)





A Igreja sente como seu dever e direito neste campo da realidade: porque o cristianismo deve evangelizar a totalidade da existência humana, inclusive a dimensão política. (Documento Puebla no. 515)

terça-feira, 18 de setembro de 2012

A Catequese do Catequista

Celebrar é, acima de tudo, dizer "obrigado". Nós celebramos a vida em cada aniversário, celebramos a saúde, uma intervenção médica que correu bem, os sorrisos das nossas crianças… Cada facto que celebramos é acoplado com gratidão. No dia do catequista demos graças por eles, pela sua identidade e vocação, que com o silêncio e muita humildade, vão construindo o Reino de Jesus.

O catequista é chamado a ser carinhosamente ele mesmo. Na verdade e na profundidade da sua identidade ecoa o chamado de Deus que o convoca a ser chama de Cristo, para que muitos homens e mulheres se encontrem com Ele. Quanta sintonia e quanta fidelidade! Como fazer-se autêntico eco? Como não ser um eco de outras vozes e outros ruídos capazes de distorcer a verdadeira identidade?

Neste dilema existencial: ser ou não ser o que Deus o convida a ser, está implícito na natureza humana do catequista. Caído e redimido. Fraco e forte. Imperfeito e chamado à plenitude. Seria impensável um catequista desprovido da graça de Deus. Seria impensável um catequista vagando, náufrago de processos educativos incapazes de fixar.

A natureza humana, aberta à ajuda da graça divina e ao auxílio humano da educação, aperfeiçoa-se e torna-se imagem e semelhança de Deus. É um terreno fértil em que Cristo cresce, moldando na personalidade do catequista todas as virtudes que o tornam capaz de ser o que Deus o convida a ser.

Neste processo educativo, a catequese tem o seu lugar próprio e inconfundível. Ela corresponde à educação da fé. E o catequista, como um homem de fé, necessita ser permanente educado nessa mesma fé que professa.

Para ser profundamente o mesmo, o catequista necessita fazer-se destinatário da catequese. Destinatário de itinerários formativos desenhados para ele, nos quais a educação na fé seja intencional e sistematicamente favorecida. Na rede integrada de várias dimensões assumidas pela formação dos catequistas, têm um lugar privilegiado a educação da fé, como uma virtude teologal que deve ser sustentado, fortalecida, encorajado, informada e testemunhada ao longo de toda a vida.

Mas, para ser profundamente o mesmo, o catequista precisa fazer-se destinatário, também, dos processos catequéticos concebidos para os seus catequizandos e catecúmenos. Ali, na sempre nova dinâmica do encontro o processo catequético, ali Deus trabalha sempre produzindo o inimaginável. Ali, no mistério de uma metodologia e de uns recursos sempre imperfeitos, Deus faz, mais uma vez, como naquele dia no poço de Zicar, que os discípulos sejam testemunhas. E o catequista faz-se destinatário do que os catequizandos e catecúmenos dizem.

Escrito por Pe. José Luis Quijano.

Catequistas, façamos tudo o que Jesus nos diz

Nós compartilhamos a nossa realidade catequética, com situações novas e antigas e sempre amados por Deus. Ele continua a suscitar vocações catequéticas em homens e mulheres que, no meio desta realidade e enviados pela Igreja, estão a responder como discípulos-missionários ao chamado de Jesus, o Bom Pastor.

Os catequistas estão essencialmente ligados à comunicação da Palavra. A nossa primeira atitude espiritual está relacionada com a palavra contida na Revelação, pregada pela Igreja, celebrada na liturgia e vivida, especialmente, pelos santos.[1] É sempre um encontro com Cristo, escondido na sua Palavra, na Eucaristia, nos irmãos. Abertura à Palavra significa, finalmente, abertura a Deus, à Igreja e ao mundo.

Quando fazemos de catequistas o nosso ministério, ou seja, quando conscientes da nossa própria fé colocamo-nos ao serviço dos nossos irmãos para ajudá-los a crescer na fé, aprendemos a ver o mundo de uma perspetiva: a do Magnificat. Este é um olhar crente, capaz de ver os sinais de esperança. Olhar a realidade com os olhos de Maria significa ver o bem também onde este ainda não germinou.

Os olhos de Maria, que procuram Jesus, sabem encontrá-lo e às vezes convidá-lo a dar sinais concretos para que o mundo creia, como nas bodas de Caná.[2] Com esse olhar crente, os catequistas são arautos do Reino. O mundo de hoje, como ontem e como sempre, tem direito ao anúncio. Não se o pode privado dele. E, enquanto todos os batizados foram chamados para esta tarefa, aos catequistas compete-nos de modo especial.

O coração crente apercebe-se que o mundo é amado por Deus, sustentado pelo seu amor. Muitas vezes os catequistas são pobre em recursos, meios de comunicação, mas pela graça de Deus, representam uma força de mudança extraordinária. Onde está Jesus, ali está o Reino, ali amadurece a esperança, ali é possível fazer o amor que dá vida. O encontro com Jesus faz de nós testemunhas credíveis do seu Reino, assemelha-nos a Ele para nos transformar na memória viva do seu modo de viver e agir.

  Por  Pe. José Luis Quijano

Ver a vida com olhos de crentes

Os catequizados e catecúmenos vêm de diferentes caminhos… Com histórias de vida e experiências de fé diferentes. Os catequistas, muitas vezes preocupados com a transmissão de conteúdos, ingenuamente, ignoram um olhar profundo para o que eles experimentaram e que realmente acreditam.


Nós usamos muito a palavra "itinerário", mas mais do que uma vez a reduzimos à simples categoria de "programa" ou "lista de conteúdos" predefinidos. Estamos presos a um dever ser que se esquece de enraizar a vida das pessoas e processos anteriores neste novo caminho que empreendemos na catequese familiar.

Talvez este breve e antiga história nos possa ajudar a expressar de forma simples o que queremos dizer.

Uma vez um explorador foi enviado pelos seus a um lugar perdido na selva amazónica. A sua missão consistia em fazer um levantamento detalhado da área. Como o explorador era um especialista no seu ofício, fez a sua tarefa com grande cuidado e perícia. Nenhum canto foi deixado sem ser explorado.

Ele descobriu quais eram as plantas e os animais, as características de cada estação, os segredos do grande rio que atravessa toda a região, as chuvas, os ventos, as possibilidades para a vida humana neste local remoto...

Quando, finalmente, ele acreditou que sabia tudo, decidiu regressar para transmitir a quem o tinha enviado o corpo de conhecimentos adquiridos.

Os seus receberam-no com expectativa… Eles queriam saber tudo sobre a Amazónia. Mas o explorador experiente percebeu, naquele momento, a incapacidade de responder aos desejos de seu povo. Como ele poderia transmitir a beleza incomparável do lugar, ou a harmonia profunda da noite que conseguiam elevar o seu coração? Como poderia compartilhar com eles o sentimento de profunda solidão que retinha à noite, o medo que o paralisou perante as feras selvagens do lugar ou o senso incomum de liberdade que ele sentia quando conduzia a canoa pelas águas incertas do rio?

Então, depois de pensar sobre isso, o explorador tomou uma decisão e disse: "- Ide e conhecei vós mesmos o lugar. Nada pode substituir o risco e a experiência pessoal. "Mas ele teve medo… Se alguma coisa acontece com eles… Se não sabem chegar… Então ele fez um mapa para guiá-los. Todos fizeram cópias, distribuindo-as e foram para a Amazónia munidos com o mapa que tinham recebido.

Todos os que tinham uma cópia consideravam-se especialistas. Não se conheciam, através do mapa, cada curva da estrada, lugares perigosos, a largura e profundidade do rio, os rápidos e as cachoeiras?

No entanto, o explorador lamentou durante toda a sua vida ter-lhes dado o mapa… Teria sido melhor não o dar a eles.

Esta história tem, talvez, muito a dizer com o ministério catequético. Não se trata de ajudar os catequizandos a explorar a selva, introduzindo-os nos meandros ou no preciosismo de uma informação doutrinária detalhada, mas principalmente para ajudar a encontrar o Deus de Jesus Cristo.

Embora seja verdade que a catequese inclui tarefas de instrução, de iniciação e educação, também é verdade que ela é um ministério ao serviço da fé. Trata-se, acima de tudo, de promover que os nossos interlocutores vivam a sua própria experiência de fé, sempre única, pessoal e intransferível.

Quando os interlocutores da catequese começam a viver a sua fé assim, como verdadeiros exploradores, com algum risco e embarcando numa espécie de "aventura pessoal", podemos dizer que este "novo nascimento" os afeta inteiramente e os abre para uma nova realidade, para realizar uma nova forma de existência.

Talvez eles, em caminhos anteriores, tenham recebido muitos mapas e estão, portanto, convencidos de ser verdadeiros especialistas nas questões da fé... Mas eles não conseguem olhar a vida com olhos de crentes. Talvez esses mapas os tenham dececionado, eles não conduziram a um encontro com Jesus e permaneceram em questões externas que criticam altamente ou que aceitam com resignação ou sem reflexão.

Talvez nós mesmos, seus catequistas, lhes tenhamos oferecido alguns mapas pré-fabricados, que serviram para nós, mas que não servem para eles. Sugerimos caminhos que nós mesmos temos percorrido, com mais ou menos sucesso, mas não os deixamos explorar e aventurar-se para encontrar-se, finalmente, com o Senhor.

Nem se trata de improvisar ou deixá-los sozinhos. Talvez seja a hora, para desvendar o significado e profundidade de uma pedagogia que Jesus conhecia muito bem: o acompanhamento. Esse caminhar acompanhando o que procura, permitindo-lhe que continue procurando... Esse caminhar, no início de modo quase impercetível e depois tão encarnada na vida do catequisando.

Um caminhar que não violenta, que não apressa, que não para e que, recorrendo à Palavra, vai deixando chegar… Cada um tem o seu tempo, com respeito aos tempos do outro, e de acordo com as suas possibilidades. Mas, por fim, arde o coração e dá-se o encontro que se celebra com o Pão compartilhado. A pedagogia do acompanhamento não se desenha em mapas, mas andando e acompanhando os caminhos pessoais e comunitários de procura.

Como catequistas, podemos propor indagar por aqui algumas das respostas pendentes para o fracasso atual da iniciação cristã. Pode muito bem ser possível iniciar-se ou retornar à fé, descartando mapas antigos e aprendendo a olhar a vida com olhos de crentes.

MÊS DA BÍBLIA


sábado, 25 de agosto de 2012

Dia do Catequista! Dia especial!

Quando Jesus se sentava entre os amigos e os discípulos e lhes falava de Deus...

Quando se esquecia das horas passadas felizes debaixo da sombra das árvores para revelar a Boa Nova a todos, quando abria seu coração para ensinar a rezar, a cuidar da vida, a ser bom, a buscar a verdade e a justiça, a chamar Deus de Pai, Paizinho, Jesus era catequista.

Quando Maria, lá na sua casa de Nazaré, colocava Jesus menino em seus joelhos e lhe falava de Deus e lhe explicava a história do povo de Israel, quando juntos rezavam os salmos, quando ela abria seu coração e louvava ao Senhor, cantando como os anjos do céu, Maria era catequista.

Quando Ana, mãe de Maria, chamava a filha junto de si e lhe falava das promessas de Deus, quando lhe lembrava as profecias que anunciavam o Messias, quando rezavam juntas para que o Salvador viesse logo, Ana era catequista.

E a história vai longe no tempo passado e irá mais longe no tempo futuro, porque ser catequista é uma alegria muito grande, porque é transmitir a preciosíssima herança da fé, o bem mais importante que uma família pode legar a seus filhos, que uma comunidade pode dar a seus irmãos. Porque ser catequista é aceitar um dom de pura doação e felicidade, visto que só é possível falar da abundância do coração. Porque ser catequista é assumir também o testemunho de vida, visto que a palavra ensinada precisa ter o eco dos gestos e dos sentimentos, e dos atos e do olhar. Porque ser catequista é ser sempre discípulo e um pouco mestre, sempre disponível e missionário.

Mas a maior alegria de ser catequista é viver se sentindo como que junto a Jesus, debaixo das árvores, ouvindo-o falar de Deus. Naquelas horas de encontro, de partilha e pura felicidade, parece que Maria nos toma em seu colo de Mãe e os anjos se aproximam para louvar ao Senhor. Porque a catequese pode ser como que um pedacinho de Paraíso, espaço e tempo de busca e encontro de Deus.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

CURSO VIRTUAL



Afim de discutir sobre juventudes e politica mas acha que não tem conhecimentos?



Afim de participar de um espaço de partilha em um ambiente de aprendizado muito agradável?


Seus "problemas" acabaram, o Instituto de Protagonismo Juvenil - IPJ,  realiza a 3º edição do curso virtual de polìticas públicas de juventude, basta se inscrever e jogar de cabeça nesta iniciativa.


Tutor do curso o renomeado Aniervson, especialista em juventude!


Acesse o site do IPJ: http://juventudeprotagonista.org.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=265&Itemid=304

Oração Vocacional 2012

Oração Vocacional

Senhor da messe e pastor do rebanho,

faz ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite: “Vem e segue-me”.

Derrama sobre nós o teu Espírito, que Ele nos dê sabedoria

para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz.

Senhor, que a messe não se perca por falta de operários.

Desperta nossas comunidades para a missão.

Ensina nossa vida a ser serviço.

Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino, na vida consagrada e religiosa.
 
Senhor, que a messe não se perca por falta de pastores.

Sustenta a fidelidade de nossos bispos, padres, consagrados e leigos.

Dá perseverança aos nossos seminaristas e vocacionados.

Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja.

Senhor da messe e pastor do rebanho, chama-nos para o serviço do teu povo.

Maria, mãe da Igreja, modelo dos seguidores do Evangelho,

ajuda-nos a responder sim.

Amém.

AGOSTO - MÊS VOCACIONAL 2012

Descrição da obra:

Chamados(as) à Vida Plena em Cristo

Símbolos e significados:



1) Tema:
Chamados(as) à Vida Plena em Cristo


– Destaque nas palavras: Chamados(as), Vida, Plena, Cristo;


– É um convite a fazer uma profunda reflexão sobre o significado destas palavras que ecoam na mente e no coração do vocacionado e da vocacionada.  


2) Lema:
“Eis que faço novas todas as coisas!” (Ap 21,5)


3) A mão e a chaga:
Representa o chamamento, apelo e convite que Jesus faz à humanidade: viver em plenitude
com Ele e com seu “projeto vocacional-missionário”, revelado e testemunhado dentro da perspectiva da comunhão, partilha e serviço.


4) O coração aberto:
Retrata o coração amoroso de Jesus que se doa plenamente ao ser humano e convida a ser
um com Ele. Um amor gratuito e livre, de entrega total, que possibilita uma corajosa ruptura
com as coisas antigas para estabelecer a novidade da Boa Notícia: amar e construir o Reino
de justiça, dignidade e fraternidade.


5) Água que jorra vida:
Significa que, neste configurar-se plenamente em Jesus Cristo, a vida em plenitude acontece,
pois é neste encontro relacional, dialógico e amoroso que descobrimos a nossa vocação-missão.
É esta experiência que nos possibilita uma resposta vocacional clara, livre e comprometida
com a causa dos mais empobrecidos. Fazendo, assim, com que sejamos instrumentos do
amor que gera vida, testemunhado e revelado por Jesus Cristo.


6)Cores:
Revelam a beleza da vida irradiada pelo chamamento de Jesus Cristo.


7) Logomarcas:
Representam os parceiros responsáveis pela elaboração dos materiais do mês vocacional
de 2012: à direita, logomarca da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil; à esquerda,
logomarca do Instituto de Pastoral Vocacional (IPV) e da Rogate, Revista de Animação
Vocacional (abaixo)

MÊS VOCACIONAL 2012

domingo, 1 de julho de 2012

Solenidade de São Pedro e São Paulo - II


Hoje celebramos o glorioso martírio dos santos Apóstolos Pedro e Paulo, aqueles “santos que, vivendo neste mundo, plantaram a Igreja, regando-a com seu sangue. Beberam do cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus”. Pedro, aquele a quem o Senhor constituiu como fundamento da unidade visível da sua Igreja e a quem concedeu as chaves do Reino; Paulo, chamado para ser Apóstolo de um modo único e especial, tornou-se o Doutor das nações pagãs, levando o Evangelho aos povos que viviam nas trevas. Um pela cruz e o outro pela espada, deram o testemunho perfeito de Cristo, derramando seu sangue e entregando a vida em Roma, por volta do ano 67 da nossa era.
Caríssimos, esta Solenidade hodierna dá-nos a oportunidade para algumas ponderações importantes.
A Igreja é apostólica. Esta é uma sua propriedade essencial. João, no Apocalipse, vê a Jerusalém celeste fundada sobre doze alicerces com os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro (cf. 21,14). Eis: a Igreja não pode ser fundada por ninguém, a não ser pelo próprio Senhor, que a estabeleceu sobre o testemunho daqueles Doze primeiros que ele mesmo escolheu. Seu alicerce, portanto, sua origem, seu fundamento são o ministério e a pregação apostólicas que, na força do Espírito Santo, deverão perdurar até o fim dos tempos graças à sucessão apostólica dos Bispos católicos, transmitida na Consagração episcopal. Dizer que nossa fé é apostólica significa crer firmemente que a fé não pode ser inventada nem tampouco deixada ao bel-prazer das modas de cada época; crer que a Igreja tem como fundamento os Apóstolos significa afirmar que não somos nós, mas o Cristo no Espírito Santo, quem pastoreia e santifica a Igreja pelo ministério dos legítimos sucessores dos Apóstolos. O critério daquilo que cremos, a regra da nossa adesão ao Senhor Jesus, a norma da nossa fé é aquilo que recebemos dos santos Apóstolos uma vez para sempre. Só a eles e aos seus legítimos sucessores o Senhor confiou a sua Igreja, concedendo-lhes a autoridade com a unção do Espírito para desempenharem o ofício de guiar o seu rebanho pelos séculos a fora. Olhemos, irmãos amados, para Pedro e Paulo e renovemos nosso firme propósito de nos manter alicerçados na fé católica e apostólica que eles plantaram juntamente com os demais discípulos do Senhor. Hoje, quando surgem tantas comunidades cristãs que se auto-intitulam “igrejas” e se auto-denominam “apostólicas”, estejamos atentos para não perder a comunhão com a verdadeira fé, transmitida de modo ininterrupto e fiel na única Igreja de Cristo, santa, católica e apostólica.
Um outro aspecto importante, caríssimos, é o significado de ser Apóstolo: ele não é somente aquele que prega Jesus, mas, sobretudo, aquele que, escolhido pelo Senhor, com ele conviveu, nele viveu e, por ele, entregou sua vida. Os apóstolos testemunharam Jesus não somente com a palavra, mas também com o modo de viver e com a própria morte. Por isso mesmo, seu martírio é uma festa para a Igreja, pois é o selo de tudo quanto anunciaram. O próprio São Paulo reconhecia: “Não pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor. Trazemos, porém, este tesouro em vasos de argila para que esse incomparável poder seja de Deus e não nosso. Incessantemente trazemos em nosso corpo a agonia de Jesus, a fim de que a vida de Jesus seja também manifestada em nosso corpo. Assim, a morte trabalha em nós; a vida, porém, em vós” (2Cor 4,5.7.10.12). Eis o sinal do verdadeiro Apóstolo: dar a vida pelo rebanho, com Jesus e como Jesus, gastando-se, morrendo, pra que os irmãos vivam no Senhor! Por isso, caríssimos meus, a alegria da Igreja na Festa de hoje: Pedro e Paulo não só falaram, não só viveram, mas também morreram pelo seu Senhor; e já sabemos pelo próprio Cristo-Deus que não há maior prova de amor que dá a vida por quem amamos! Bem-aventurado é Pedro, bendito é Paulo, que amaram tanto o Senhor a ponto de darem a vida por ele! Nisto são um exemplo, um modelo, uma norma de vida para todos nós. Aprendamos com eles!
Um terceiro aspecto que hoje podemos considerar é a ação fecunda da graça de Cristo na vida dos seus servos. O exemplo de Pedro, o exemplo de Paulo servem muito bem para nós. Bento XVI, ao ser eleito, afirmou humildemente que se consolava com o fato de Deus saber trabalhar com instrumentos insuficientes: Quem era Simão, chamado Pedro? Um pescador sincero, mas rude, impulsivo e de temperamento movediço. No entanto, foi fiel à graça, e tornou-se Pedra sólida da Igreja, tão apegado ao seu Senhor, a ponto de exclamar, cheio de tímida humildade: “Senhor tu sabes tudo; tu sabes que te amo” (Jo 21,17). Quem era Saulo de Tarso, chamado Paulo? Um douto, mas teimoso e radical fariseu, inimigo de Cristo. Tendo sido fiel à graça, tornou-se o grande Apóstolo de Jesus Cristo, tão apaixonado pelo seu Senhor, a ponto de nos desafiar: “Sede meus imitadores como eu sou de Cristo!” (1Cor 11,1). Eis, caros meus, abramo-nos também nós à graça que o Senhor nos concede para a edificação da sua obra, para a construção do seu Reino, e digamos como São Paulo: “Pela graça de Deus sou o que sou, e sua graça em mim não foi em vão” (1Cor 15,10).
Ainda um derradeiro aspecto, amados no Senhor. Nesta hodierna Solenidade somos chamados a refletir sobre o ministério de Pedro na Igreja. Simão por natureza foi feito Pedro pela graça. Pedro quer dizer pedra. Eis, portanto, Simão Pedra. “Tu és Pedro e sobre esta Pedra eu edificarei a minha Igreja. Eu te darei as chaves do Reino” (Mt 16,16ss). Caríssimos, o ministério petrino é mais que a pessoa de Pedro. Seu serviço será sempre o de confirmar os irmãos na fé em Cristo, Filho do Deus vivo, mantendo a Igreja unida na verdadeira fé apostólica e na unidade católica. É este o ministério que até o fim dos tempos, por vontade do Senhor, estará presente na Igreja na pessoa do Sucessor de Pedro, o Bispo de Roma, a quem chamamos carinhosamente de Papa, pai. O Papa é o Pastor supremo da Igreja de Cristo porque somente a ele o Senhor entregou de modo supremo o seu rebanho. Aquilo que entregou aos Doze e a seus sucessores, os Bispos, entregou de modo especial a Pedro e a seus sucessores, o Papa: “Tu me amas mais que estes? Apascenta as minhas ovelhas!” (Jo 21,15). Estejamos atentos, caríssimos: nossa obediência, nossa adesão, nosso respeito, nossa veneração pelo Santo Padre não é porque o achamos simpático, sábio, ou de pensamento igual ao nosso, mas porque ele é aquele a quem o Senhor confiou a missão de confirmar os irmãos. Nossa certeza de que ele nos guia em nome de Cristo vem da promessa do próprio Senhor: “Simão, Simão, eis que Satanás pediu insistentemente para vos peneirar como trigo; eu, porém, orei por ti, a fim de que a tua fé não desfaleça. Quando, porém, te converteres, confirma teus irmãos” (Lc 22,31-32). É porque temos certeza da eficácia da oração de Jesus por Pedro e seus sucessores, que aderimos com fé ao ensinamento do Santo Padre. Estejamos certos de uma coisa: quem não está em comunhão com o Papa está fora da plena comunhão visível com a Igreja de Cristo, que é a Igreja católica.
Assim, rezemos hoje pelo Papa Bento XVI. E acompanhemos nossa oração com um gesto concreto: a esmola, o óbolo de São Pedro, aquela contribuição que no dia de hoje os católicos do mundo inteiro devem dar para as obras de caridade do Papa por todo o mundo. Assim, com as mãos e com o coração rezemos pelo Santo Padre, o Papa Bento: Que o Senhor nosso Deus que o escolheu para o Episcopado na Igreja de Roma, o conserve são e salvo à frente da sua Igreja, governando o Povo de Deus, de modo que o povo cristão a ele confiado possa sempre mais crescer na fé. Amém.

Por Dom Henrique
www.domhenrique.com.br

Solenidade de São Pedro e São Paulo


At 12,1-11
Sl 33
2Tm 4,6-8.17-18
Mt 16,13-19
“Eis os santos que, vivendo neste mundo, plantaram a Igreja, regando-a com seu sangue. Beberam do cálice do Senhor
e se tornaram amigos de Deus”. – Estas palavras que o missal propõe como antífona de entrada desta solenidade, resumem admiravelmente o significado de São Pedro e são Paulo. A Igreja chama a ambos de “corifeus”, isto é líderes, chefes, colunas. E eles o são.


Primeiramente, porque são apóstolos. Isto é, são testemunhas do Cristo morto e ressuscitado. Sua pregação plantou a Igreja, que vive do testemunho que eles deram. Pedro, discípulo da primeira hora, seguiu Jesus nos dias de sua pregação, recebeu do Senhor o nome de Pedra e foi colocado à frente do colégio dos Doze e de todos os discípulos de Cristo. Generoso e ao mesmo tempo frágil, chegou a negar o Mestre e, após a ressurreição, teve confirmada a missão de apascentar o rebanho de Cristo. Pregou o Evangelho e deu seu último testemunho em Roma, onde foi crucificado sob o Imperador Nero. Paulo não conhecera Jesus segundo a carne. Foi perseguidor ferrenho dos cristãos, até ser alcançado pelo Senhor ressuscitado na estrada de Damasco. Jesus o fez se apóstolo. Pregou o Evangelho incansavelmente pelas principais cidades do Império Romano e fundou inúmeras igrejas. Combateu ardentemente pela fidelidade à novidade cristã, separando a Igreja da Sinagoga. Por fim, foi preso e decapitado em Roma, sob o Imperador Nero.
O que nos encanta nestes gigantes da fé não é somente o fruto de sua obra, tão fecunda. Encanta-nos igualmente a fidelidade à missão. As palavras de Paulo servem também para Pedro: “Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé”. Ambos foram perseverantes e generosos na missão que o Senhor lhes confiara: entre provações e lágrimas, eles fielmente plantaram a Igreja de Cristo, como pastores solícitos pelo rebanho, buscando não o próprio interesse, mas o de Jesus Cristo. Não largaram o arado, não olharam para trás, não desanimaram no caminho... Ambos experimentaram também, dia após dia, a presença e o socorro do Senhor. Paulo, como Pedro, pôde dizer: “Agora sei, de fato, que o Senhor enviou o seu anjo para me libertar...”
Ambos viveram profundamente o que pregaram: pregaram o Cristo com a palavra e a vida, tudo dando por Cristo. Pedro disse com acerto: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo”; Paulo exclamou com verdade: “Para mim, viver é Cristo. Minha vida presente na carne, eu a vivo na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”. Dois homens, um amor apaixonado: Jesus Cristo! Duas vidas, um só ideal: anunciar Jesus Cristo! Em Jesus eles apostaram tudo; por Jesus, gastaram a própria vida; da loucura da cruz e da esperança da ressurreição de Jesus, eles fizeram seu tesouro e seu critério de vida.
Finalmente, ambos derramaram o Sangue pelo Senhor: “Beberam do cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus”. Eis a maior de todas a honras e de todas as glórias de Pedro e de Paulo: beberam o cálice do Senhor, participando dos seus sofrimentos, unido a ele suas vidas até o martírio em Roma, para serem herdeiros de sua glória. Eis por que eles são modelo para todos os cristãos; eis por que celebramos hoje, com alegria e solenidade o seu glorioso martírio junto ao altar de Deus! Que eles intercedam por nós na glória de Cristo, para que sejamos fiéis como eles foram.
Hoje também, nossos olhos e corações voltam-se para a Igreja de Roma, aquela que foi regada com o sangue dos bem-aventurados Pedro e Paulo, aquela, que guarda seus túmulos, aquela, que é e será sempre a Igreja de Pedro. Alguns loucos, dizem, deturpando totalmente a Escritura, que ela é a Grande Prostituta, a Babilônia. Nós sabemos que ela é a Esposa do Cordeiro, imagem da Jerusalém celeste. Conhecemos e veneramos o ministério que o Senhor Jesus confiou a Pedro e seus sucessores em benefício de toda a Igreja: ser o pastor de todo o rebanho de Cristo e a primeira testemunha da verdadeira fé naquele que é o “Cristo, Filho do Deus vivo”. Sabemos com certeza de fé que a missão de Pedro perdura nos seus sucessores em Roma. Hoje, a missão de Pedro é exercida por Bento XVI. Ao Santo Padre, nossa adesão filial, por fidelidade a Jesus, que o constituiu pastor do rebanho. Não esqueçamos: o Papa será sempre, para nós, o referencial seguro da comunhão na verdadeira fé apostólica e na unidade da Igreja de Cristo. Quando surgem, como ervas daninhas, tantas e tantas seitas cristãs e pseudo-cristãs, nossa comunhão com Pedro é garantia de permanência seguríssima na verdadeira fé. Quando o mundo já não mais se constrói nem se regula pelos critérios do Evangelho, a palavra segura de Pedro é, para nós, uma referência segura daquilo que é ou não é conforme o Evangelho.
Rezemos, hoje, pelo nosso Santo Padre, Bento. Que Deus lhe conceda saúde de alma e de corpo, firmeza na fé, constância na caridade e uma esperança invencível. E a nós, o Senhor, por misericórdia, conceda permanecer fiéis até a morte na profissão da fé católica, a fé de Pedro e de Paulo, pala qual, em nome de Jesus, “Cristo Filho do Deus vivo”, os Santos Apóstolos derramaram o próprio sangue.
Ao Senhor, que é admirável nos seus santos e nos dá a força para o martírio, a glória pelos séculos dos séculos. Amém.

Por Dom Henrique
www.domhenrique.com.br

SÃO PEDRO e SÃO PAULO


A Festa de São Pedro, celebrada juntamente com a Festa de São Paulo, no dia 29 de Junho, é uma das mais antigas e importantes comemorações do Ano Litúrgico. Estes dois Santos testemunharam a sua fidelidade a Jesus Cristo com o martírio. Eles introduziram o Cristianismo em Roma e são considerados os pilares que sustentam a Igreja.

Pedro foi o Papa até o ano 67, quando foi morto na cruz, de cabeça para baixo, por achar não ter méritos de morrer como Cristo.

São Paulo nasceu em Tarso e era cidadão romano.
Convertido ao cristianismo na juventude, espalhou a palavra de Deus.


Teatrinho: São Pedro e São Paulo


JOCA – (entra) Oi "gentiiiiiiiiiiii”.

CLARINHA – (entra) Oi pessoal!

CLARINHA – Vamos falar de hoje.

JOCA – Ah é mesmo! Hoje é um dia muito especial, gente!

CLARINHA – E é mesmo, Joca!

JOCA – É tão especial que chega a ser... Especial!

CLARINHA – É, Joca: conte pra todo mundo porque hoje é um dia tão especial.

JOCA – Ah, Clarinha: porque hoje é... Domingo!

CLARINHA – Certo, Joca: hoje é domingo. Mas tem outro motivo pra ser mais especial ainda.

JCOA – Sério, Clarinha?

CLARINHA – Ô Joca: você não presta a atenção na missa não, é?

JOCA – Claro que sim, Clarinha.

CLARINHA – Então Joca: hoje é um dia especial porque...

JOCA – Já sei, já sei! Porque hoje tem festa junina! Êêêêêêê! Acertei?

CLARINHA – Quase, Joca. Hoje é um dia especial e tem festa. Mas por que?

JOCA – Por que o que, Clarinha? Se tem festa já está bom.

CLARINHA – Mas por que tem festa junina hoje?

JOCA – Por que é junho?

CLARINHA – É, Joca. É porque é junho. Mas é também porque hoje é dia de São Paulo e São Pedro!

JOCA – Aaaahhhhh!!! !.... Eu já sabia.

CLARINHA – Por isso a nossa igreja está em festa hoje, Joca. 

JOCA – Que legal, hein Clarinha?

CLARINHA – É, legal.

JOCA – Festa, né?

CLARINHA – É.

JOCA – (sem jeito) Pois é.

CLARINHA – Ô Joca: explica para as crianças quem foi São Pedro e quem foi São Paulo.

JOCA – São dois santos, ué?

CLARINHA – Mas... Explica mais.

JOCA – Bem... é que... tipo assim, né?... Rê.

CLARINHA – Você não prestou atenção na catequese ontem, né Joca?

JOCA – Eu faltei, lembra?

CLARINHA – Pois é, né seu Joca? Faltou e perdeu a explicação da Tia Clarice.

JOCA – Pior que foi.

CLARINHA – São Pedro foi o primeiro Papa da nossa igreja. Olha São Pedro aí.

(Entra cartaz com a ilustração de São Pedro junto a Jesus).

JOCA – O primeiro Papa, Clarinha?

CLARINHA – É, Joca. Jesus deu esta missão a São Pedro. Jesus disse assim:

JESUS – (voz em off) Tu és Pedro e sobre ti construirei minha igreja.

CLARINHA – Viu só?

JOCA – Olha que legal Clarinha. Quer dizer que nossa igreja vem direto de Jesus!?

CLARINHA – Isso mesmo, Joca.

JOCA – Ôba! E São Paulo?

CLARINHA – São Paulo também é muito importante para nós, Joca.

JOCA – Por que, Clarinha?

(Entra cartaz com ilustração da conversão de São Paulo).

CLARINHA – Paulo não gostava dos cristãos. Mas um dia ele estava andando numa estrada e viu uma luz forte, muito forte. Era Jesus que estava ali.

JOCA – Olha só, gente!

CLARINHA – E Jesus disse assim para Paulo: 

JESUS – (voz em off) Paulo, Paulo: por que me persegues?

CLARINHA – Paulo sentiu a presença de Jesus e então se converteu. Daí passou a falar de Jesus por toda parte. Paulo levou as palavras de Jesus por muitas cidades e lugares.

JOCA – São Paulo também gostava de escrever cartas, né Clarinha?

CLARINHA – É, Joca. São Paulo escrevia falando de Jesus. E suas cartas são lidas até hoje na igreja.

JOCA – Até hoje?

CLARINHA – É, Joca.

JOCA – Mas hoje, hoje mesmo, ninguém leu, né?

CLARINHA – Claro que sim, Joca: a carta de São Paulo foi lida antes do Evangelho.

JOCA – Tá certo, Clarinha: eu decidi.

CLARINHA – O que, Joca?

JOCA – Vou prestar mais atenção à missa. Sabe: eu estou perdendo um monte de coisas legais.

CLARINHA – Está mesmo, viu Joca?

JOCA – Gente: vamos dar um viva pra São Pedro!

CLARINHA – Viva!

JOCA – Mais forte: viva São Pedro!

CLARINHA – Viva!

JOCA – Viva São Paulo!

CLARINHA – Viva!

JOCA – Tchau pra vocês!!

CLARINHA – Tchau!

JOCA – Tchau pra vocês!!

CLARINHA – Tchau! Tchau!