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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Dia do catequista


Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG.

A Igreja Católica celebra no dia 29 de agosto deste ano o dia nacional do catequista. Na ação pastoral da vida eclesial é tão importante a missão do catequista, verdadeiros evangelizadores, que Jesus, antes de começar sua pregação, escolheu seus doze discípulos, que deveriam se espalhar pelo mundo inteiro, anunciando a boa nova, isto é, evangelizando as pessoas.

O número 12, na Sagrada Escritura, tem um sentido de totalidade, plenitude e, realmente, esses doze discípulos se multiplicaram em progressão geométrica e, entre eles, nós temos os catequistas, homens e mulheres dispostos a levar às crianças, aos adolescentes, aos jovens e aos adultos a mensagem de Cristo, promovendo a catequese renovada, à luz do Concílio Vaticano II.

Os catequistas e as catequistas lembram o próprio Senhor Jesus, pois, além de apresentarem o projeto do Pai a outras pessoas, pretendem formar novos discípulos missionários.

Nosso Senhor Jesus Cristo nos ajuda em seus métodos de evangelização, catequese e apostolado: Ele começa pela vida, em seus aspectos comuns, de forma a levar o povo à revelação do seu Evangelho.
Quando Ele disse a seus discípulos: “Ide e pregai o Evangelho a toda criatura”, estava iniciando com eles um trabalho de catequese, que foi multiplicado até os dias de hoje.

O mundo está tão conturbado com guerras, violência, ganância, egoísmo que pouca gente quer escutar a Palavra de Deus. É por isto que é muito louvável o trabalho do catequista nos nossos dias porque ele precisa abrir os olhos e os ouvidos das pessoas para a realidade sempre atual, em todos os tempos, da Palavra de Deus.

Que Deus, com largueza e profusão, abençoe nossos catequistas, homens e mulheres que, espontaneamente, se dedicam a transmitir ensinamentos cristãos. Que eles continuem no seu propósito de evangelizar e que consigam formar novos operários para a messe do Senhor, na escola da nova evangelização de discípulos-missionários.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Catequista, você é especial para Deus!

Queridos/as Catequistas
Catequista, você é especial para Deus!
Sua VOCAÇÃO foi gestada no coração do Pai, para que pudesse chegar aos corações dos seus filhos e filhas com a mensagem da VIDA: Jesus Cristo.

O último domingo de agosto é o DIA DO CATEQUISTA. É com admiração, reconhecimento e gratidão que a Igreja celebra essa festividade. Celebrar o DIA DO CATEQUISTA é sempre uma GRAÇA, motivo de alegria e de reflexão mais profunda sobre o SER DO CATEQUISTA, sua vocação e missão na Igreja e sociedade. Sentimos ainda os “ECOS” e a chama da esperança que ardeu em nosso coração com a realização da Terceira Semana Brasileira de Catequese.
Sentimo-nos movidos pela força do Espírito, que nos chama e envia, pelas intuições e propostas do tema da Terceira Semana Brasileira de Catequese: “Iniciação à Vida Cristã”. Nesse Espírito, celebrar o dia do Catequista tem um significado especial, pois são vocês, catequistas, os protagonistas, aqueles que fazem com que o processo de um NOVO JEITO DE FAZER CATEQUESE seja possível. Portanto, confiamos em cada um de vocês, com seus dons partilhados, junto com as forças vivas de toda a Igreja, as comunidades, as pastorais, os movimentos, para que a iniciação à vida cristã seja possível.
Ao celebrar o DIA DO CATEQUISTA queremos refletir sobre a vocação do catequista, que é a vocação do Profeta - aquele/la que fala em nome de Deus e da comunidade a que pertence. A iniciativa sempre parte de Deus. O chamado a ser catequista não é algo pessoal, mas obra divina, graça. A missão do catequista está na raiz da palavra CATEQUESE, que vem do grego Katechein e quer dizer (fazer eco). Logo, catequista é aquele/la que se coloca a serviço da Palavra, que se faz instrumento para que a Palavra ecoe. O Senhor chama você para que, através da sua vida, da sua pessoa, da sua comunicação, a Palavra seja proclamada, Jesus Cristo seja anunciado e testemunhado.
Catequista, você não é só transmissor de idéias, conhecimentos, doutrina, pois sua experiência fundante está no ENCONTRO PESSOAL com a pessoa de Jesus Cristo. Essa experiência é comunicada pelo SER, SABER e SABER FAZER em comunidade (DNC 261).O ser e o saber do catequista sustentam-se numa espiritualidade da gratuidade, da confiança, da entrega, da certeza de que o SENHOR está presente, é fiel.
Catequista, você é especial para Deus! Sua VOCAÇÃO foi gestada no coração do Pai, para que pudesse chegar aos corações dos seus filhos e filhas com a mensagem da VIDA: Jesus Cristo. Sabemos das dificuldades que enfrenta para realizar a sua missão, mesmo assim teimosa e dedicadamente prossegue neste peregrinar de partilha, de despojamento e aprendizagens.
Isso demonstra que você cultiva uma profunda espiritualidade alicerçada na Palavra, nos sacramentos, na vida em comunidade. É a experiência do discípulo missionário que vai se configurando na sua trajetória de avanços, desafios e alegrias. É a pedagogia divina, que se concretiza na sua vida permeada de fragilidades e grandeza, medos e coragem, HUMANA e HUMANIZADORA.
É com a certeza da ação amorosa do Deus da Vida que você assume a missão de profeta que ouve o chamado de Deus: “Levanta-te e Vai à Grande Cidade (Jn 1,2). Seu anúncio é traduzido em atitudes proféticas que testemunham os valores evangélicos, é o SER DO CATEQUISTA partilhado na sua inteireza, no serviço generoso, para que o REINO aconteça.
Catequista, que a experiência do encontro com Jesus Cristo seja a força motivadora capaz de lhe trazer o encantamento por esse fascinante caminho de discipulado, cheio de desafios que o fazem crescer e acabam gerando profundas alegrias.
Catequista, nesse dia acolha o abraço de gratidão de milhares de pessoas, vidas agradecidas, pela sua presença na educação da fé de crianças, adolescentes, jovens e adultos. Em sua ação se traduz de uma forma única e original a vocação da Igreja-Mãe que cuida maternalmente dos filhos que gerou na fé pela ação do Espírito.
Querido/a Catequista, PARABÉNS! Que a Força da Palavra, continue a suscitar-lhe a fé e o compromisso missionário !
Que os sacramentos sejam a fonte inesgotável da misericórdia, da reconciliação, da justiça e do REENCANTAMENTO.
Que a comunidade continue sendo o referencial da experiência do Enconto com Cristo naqueles que sofrem, naqueles que buscam acolhida e necessitam ser “CUIDADOS”.
A benção amorosa do PAI, que cuida com carinho dos seus filhos e filhas, que um dia nos chamou a viver com alegria a vocação do discípulo missionário, esteja na sua vida, na vida da sua comunidade hoje e sempre.
Fraternalmente,

Dom Eugênio Rixen
Presidente da Comissão Para Animação Bíblico-Catequética

Dia do Catequista



Caríssimos Catequistas: Parabéns! É com o coração cheio de alegria que neste mês, no dia 29, celebraremos o Dia do Catequista.

Você catequista, é eleito de Deus, que fala em nome da Igreja, é um apóstolo que com encanto pelo Senhor leva à todos a Boa Nova. Nobre é a sua tarefa, árduo o seu trabalho e com amor revela aos seus catequizandos o fascínio pelo evangelho e por Jesus, convida à todos para serem amigos de si mesmos, irmãos dos outros, filhos de Deus e construtores do Reino de Deus.

Maria, a primeira catequista da Igreja é quem está sempre encorajando e ajudando todos os catequistas. Quem mais do que ela pode ensinar a amar e anunciar aquele rosto que ela fixou com imenso amor e com total dedicação durante toda a sua vida, do momento do nascimento até a hora da cruz, e depois na aurora da Ressurreição? Da Mãe da Igreja podemos e devemos tirar a energia indispensável para anunciar e testemunhar a todos a mensagem dos Evangelhos, imitando a sua fé.

Catequista Deus te elegeu, Deus te convidou, Deus te convocou ...e você, aceitou! Parabéns! Muito obrigado, pelo seu trabalho, dedicação e amor para com todos aqueles que o Senhor envia para que Você com sua inteligência, entusiasmo, alegria e sentimentos transmita os valores eternos na meditação e vivência da Palavra de Deus.

“Oxalá, possam mais e mais catequistas, sentirem-se chamados para o trabalho na Messe do Senhor, assim como você que reza como se tudo dependesse de Deus e trabalha como se tudo dependesse de você”. (Stº Inácio de Loyola.)

Celebremos o nosso Dia!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Plebiscito Popular pelo Limite da Terra



A sociedade brasileira terá a chance de acabar com o latifúndio no Brasil durante o Plebiscito Popular pelo Limite da Terra, que ocorrerá entre os dias 01 e 07 de setembro.

Falta menos de um mês para o início do Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra no Brasil. Entre os dias 01 e 07 de setembro, toda a sociedade brasileira terá a oportunidade de dizer se é a favor ou contra a concentração de terras no país, ou seja, se concorda ou não com o latifúndio.

Durante os dias 15 e 17 de julho, cerca de 100 representantes de entidades, organizações, movimentos e pastorais sociais do campo e da cidade de todos os estados da federação, estiveram reunidos em Brasília para a II Plenária Nacional de Organização do Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra.

No encontro foram aprofundados estudos sobre a questão fundiária do país, em que os participantes expuseram a realidade de cada região brasileira. As atividades contaram com a assessoria do geógrafo e professor da Universidade de São Paulo (USP), Ariovaldo Umbelino. Além das análises, foram debatidas e planejadas ações de divulgação, organização e articulação da semana da coleta dos votos.

Os estados já estão organizados em comitês compostos por diferentes entidades e organizações. A partir dos comitês estaduais, estão sendo formados os comitês regionais, onde municípios das diferentes regiões também estão sendo inseridos no processo.

Dia 12 de Agosto foi o Dia Nacional de Mobilização pelo Limite da Propriedade da Terra, em memória a mártir Margarida Alves, camponesa assassinada em 1983.

A população brasileira também é convidada a participar de um abaixo-assinado que já está sendo circulando em todo país e que continuará após o Plebiscito. O objetivo desta coleta de assinaturas é entrar com um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) no Congresso Nacional para seja inserido um novo inciso no artigo 186 da Constituição Federal que se refere ao cumprimento da função social da propriedade rural.

Além das 54 entidades que compõem o Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo, também promovem o Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra, a Assembléia Popular (AP) e o Grito dos Excluídos. O ato ainda conta com o apoio oficial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic).

Pelo direito à terra e à soberania alimentar: Vamos às urnas mostrar nosso poder popular!

A realização e o sucesso do plebiscito dependem única e exclusivamente da participação e do empenho de cada um, de cada entidade, organização e pastoral, uma vez que não existe nenhum apoio público e da mídia. Representa a força e a determinação de quem acredita em que algo pode ser feito para corrigir esta absurda concentração de terras que acaba por excluir milhões de famílias de terem seus direitos protegidos. Portanto,

Fale, comente e divulgue, também pela internet e redes sociais (orkut, twitter), o plebiscito para seus amigos, sua família e colegas de trabalho.

Integre-se aos comitês locais ou estaduais que vão organizar o Plebiscito.

Na Semana da Pátria, junto com o Grito dos Excluídos:


Intensifique a divulgação;

Ajude a organizar os locais de votação;

Participe de alguma mesa de votação;

VOTE;

Assine o abaixo-assinado que será levado ao Congresso Nacional para que seja votada uma emenda constitucional que determine um limite ao tamanho das propriedades.

Conheça as perguntas que estarão na cédula de votação durante o Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra

1 - Você concorda que as grandes propriedades de terra no Brasil devem ter um limite máximo de tamanho?

2 - Você concorda que o limite das grandes propriedades de terra no Brasil possibilita aumentar a produção de alimentos saudáveis e melhorar as condições de vida no campo e na cidade?

Visite a página virtual oficial do Plebiscito: http://www.limitedaterra.org.br/index.php

2010: o ano do Discernimento


2010: o ano do Discernimento
Etapa do Projeto de Revitalização da PJ Latino-Americana


Em comunhão com a Grande Missão Latino Americana, impulsionada pela Conferência Episcopal de Aparecida/Brasil, a Pastoral da Juventude Latino-Americana organizou um projeto de 4 anos com o objetivo de participar de modo ativo na tarefa confiada à Igreja do Continente.

Em 2010 o projeto está centrado na etapa do DISCERNIMENTO. O chão deste exercício de discernir é sempre a realidade – a vida dos/as jovens – continuamos dois movimentos anteriores – Encantar e Escutar – acrescentamos o movimento de discernir.

Esse movimento culmina com o III Congresso Latino Americano em setembro de 2010, na Venezuela.

Neste movimento teremos a retomada do caminho, o Projeto de Revitalização da PJ: A vida dos/as jovens, o relato da Escuta que aconteceu no XVI Encontro Latino Americano em Cochabamba/Bolívia, em outubro de 2009 que nos ajudará a retomar o processo ou ainda, articular as nossas ações de evangelização da juventude.

O programa desta etapa está descrito no Roteiro Discernir que nos indicam o caminho a ser percorrido neste ano. Esta etapa encerra com o III Congresso Latino Americana da PJ para a preparação do mesmo temo o hino e a oração. Também estará disponível uma página web www.pjlatinoamericana.com com uma sequência materiais para nos apoiar no aprofundamento. Um texto do Pe. Hilário Dick, Brasil sobre a etapa do discernir, outro texto de Carlos Mesters e Francisco Orofino, Brasil Jesus Formando e Formador que foi apresentado na 3ª semana da catequese/CNBB e o instrumento de estudo sobre o documento de Aparecida do Padre Alexis, secretário executivo do CELAM.

A preparação e a vivência serão motivadas por uma temática mês a mês. Temos até o III Congresso 8 (oito) meses. Este tempo de interação entre os jovens e adultos – coordenações e assessorias, onde leigos/as, religiosos/as, presbíteros e bispos envolvidos na missão e nos trabalhos de evangelização da juventude são convocados/as a entrar nesta ciranda.

O Congresso é um dos momentos mais chaves do caminho de Revitalização da PJ do Continente. Por isto, exige uma preparação cuidadosa tanto dos/as delegados/as, como de todas as Pastorais de Juventude e grupos convidados a participar do evento.

Participar do III Congresso de modo virtual, escutar as histórias dos/as jovens, fazer fotos para compor um grande painel é uma das tarefas, assim, como o encontro dos grupos de jovens, enviar suas idéias, para fazer parte de um grande tecido de várias cores.

O mês de janeiro, o Brasil tem a tarefa de mobilizar o continente, para o tema “Os diferentes rostos das culturas juvenil na AL e no Caribe” e para o exercício da leitura orante da Bíblia os textos 1 Re 3:3-14 e Lc 1,26-38.

Confira, abaixo, os documentos e materiais do Projeto Revitalização da PJ Latino-Americana:

Cartaz do 3º Congresso Latino-Americano de Jovens
Subsídios do Projeto Revitalização da PJ Latino-Americana
Tema 1: Rostos / Culturas Juvenis
Tema 2: Contextos / Estruturas Socias
Tema 3: o Sagrado / a Igreja
Tema 4: Tecnologia / Comunicação
Tema 5: Ecologia / Desenvolvimento Sustentável
Tema 6: Desafios / Práticas Pastorais
Síntese: Projeto de Revitalização da Pastoral da Juventude do Continente
Hino do III CLAJ


Saiba mais: http://www.pjlatino.redejuventude.org.br/

Carmem Lucia Teixeira
Equipe do Projeto Revitalização da PJ Latino-Americana.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Sou Catequista!


“Um judeu, chamado Apolo, natural de Alexandria, havia chegado a Éfeso. Começou, pois, a falar com intrepidez na sinagoga. Tendo-o ouvido, Priscila e Áquila tomaram-no consigo e, com mais exatidão, expuseram-lhe o Caminho” (At 18,24.26).


Escutando a Palavra de Deus e acolhendo-a em seu coração, Priscila, Áquila e Apolo, assim como tantas outras pessoas, descobriram, no encontro com Jesus Cristo, a alegria de segui-lo como discípulos missionários. Em Jesus Cristo, encontraram a fonte para a sua vida e abraçaram a missão, na certeza de que o Espírito Santo impregnava e motivava toda a sua existência. Foi assim que se tornaram colaboradores empenhados na formação de comunidades por onde passaram, anunciando sempre a pessoa e a missão de Jesus Cristo convencidos de que é Deus quem dá o crescimento (1Cor 3,7).

Acompanhados pelo apóstolo Paulo, fizeram a experiência do chamado que nasce sempre da iniciativa de Deus. Foi esta graça que os transformou em discípulos missionários apaixonados por Jesus Cristo.

Como esse processo de evangelização marca profundamente a vida das pessoas! Áquila e Priscila, acolhendo Paulo em sua casa (At 18,3), foram evangelizados e, mais tarde, os vemos ajudando Apolo no processo de iniciação à vida cristã (At 18,26). O Documento de Aparecida afirma: “Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher” (DAp 18). Foi esta a experiência dos cristãos nas primeiras comunidades e é o caminho que vai sendo percorrido por milhares de catequistas e outras pessoas nas comunidades do Brasil.

Assim, quem acolhe a graça do encontro com Jesus Cristo, sentindo que é ele que vem ao encontro da pessoa, também tem a certeza de que é chamado a participar da vida da comunidade e aí, alimenta sua fé e encontra forças para realizar a missão como parte integrante da vida cristã e não algo opcional.

“Ao participar dessa missão o discípulo caminha para a santidade. Vivê-la na missão o conduz ao coração do mundo, Por isso, a santidade não é fuga para o intimismo ou para o individualismo religioso, tampouco abandono da realidade urgente dos grandes problemas econômicos, sociais e políticos da América Latina e do mundo, e muito menos fuga da realidade para um mundo exclusivamente espiritual” (DAp 148).

Deus abençoe a vida desses irmãos e irmãs com seus familiares nas comunidades, paróquias e dioceses e, a exemplo de Áquila, Priscila e Apolo, alegrem-se por vivenciarem a vocação como discípulos(as) missionários(as).

Catequese com adultos: Maduros na fé?


A realidade tem mostrado que grande parte dos cristãos adultos são batizados, mas não são evangelizados. Daí a preocupação da Igreja Católica no Brasil em levar adiante a reflexão do tema "Catequese com Adultos", formando uma nova consciência de cristãos engajados no processo de evangelização.

1. Catequese com Adultos: A segunda Semana Brasileira de Catequese (2ª SBC) aconteceu em outubro de 2001. O tema que mobilizou o Brasil foi: "Com Adultos, Catequese Adulta" e o lema " Crescer rumo à maturidade em Cristo". Precisamos refletir e orar sobre a realidade dos adultos católicos e juntos tornar prioridade efetiva a Catequese com adultos.

2. Fragilidades graves dos católicos: Face ao mundo plural e corrupto, dominado pelos ídolos do dinheiro, do poder e do prazer, uma parcela bem numerosa do povo católico se encontra muito despreparada, apresentando quatro perigosas fragilidades;

a) Primeiramente, a não conversão. Em geral se é católico por tradição, por costume e não por conversão, decisão consciente, esclarecida, coerente e generosa. Até existe "católico não praticante", o que é, em si, uma aberração;

b) Segunda fragilidade: a não convicção. É consequencia da primeira, e se manifesta na insegurança, na ingenuidade, na busca do maravilhoso e milagreiro na religião, no devocionismo e na facilidade de mudar de opinião face a argumentação até simplórios;

c) Terceira fragilidade: a ignorância religiosa. É imensa a quantidade de católicos que desconhecem um mínimo sobre sua fé. Quando ouvem ou lêem interpretação da Bíblia que destoam da tradição católica, narrativas de fenômenos espirituais, críticas à Igreja, ficam perplexos, sem base para se confrontarem com o que recebem e para contra-argumentar;

d) Quarta fragilidade: o infantilismo religioso. É bastante grande o número dos que se deixam fascinar por "ídolos do pop-catolicismo", se amarram em canções cristãs infantis, se agarram em práticas devocionais mágicas e de deixam dominar pela falta de consciência crítica social, política e econômica.

Ora, uma pessoa não convertida, sem convicções sólidas, ignorantes em sua fé e que é um adulto infantil, obviamente ESTÁ SEM IDENTIDADE, SEM BASE, portanto, VULNERÁVEL a influências e desvios de todos os tipos.

3. Adultos na fé: Ser adulto na fé, ideal sempre a ser buscado, se tornou urgência hoje em meio a este mundo cada vez mais pagão, sem ética, corrupto, amoral e imoral, explorador da natureza, escravizador das pessoas. É preciso muita vida inteior, estudo sério, vida em comunidade e atenção ao que acontece para se poder dar testmunho da fé cristã, anunciar o Reino de Deus, viver a comunhão fraterna e a solidariedade, segundo o Mandamento Novo, ter serenidade, cordialidade e fortaleza para dialogar com o diferente, com as religiões, as culturas, as ideologias, ter a coragem profética para denunciar tudo o que vai contra a dignidade do ser humano e contra a natureza. Investir na maturidade do fiel torna-se, portanto, prioridade para a Igreja hoje.

4. A maturidade em Cristo: A segunda Semana Brasileira de Catequese (2ª SBC) nos mobilizou rumo à maturidade em Cristo. Além de uma acolhida, cada vez mais consciente, esclarecida, coerente e generosa de Deus e de seu Plano de Salvação, assumimos a responsabilidade por Deus e por seu Plano de Salvação. Tomamos, então, como decorrência desta responsabilidade, os devidos meios para alimentar a nossa vida de comunhão com Deus, de participação na comunidade eclesial e de construção de um mundo segundo o coração de Deus. Além disso, assumimos o mandato missionário de Jesus e zelamos para que nossos irmãos em Cristo cresçam rumo à maturidade na fé.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Minha linha do tempo 1977/2010

Pessoal, cheguei aos 33 aninhos!

Estava dando uma olhada em uma papelada em casa e fiz uma retrospectiva de minha vida. E de fato não vim a esse mundo a passeio não!

Abaixo compartilho com vocês o ano, a cidade que morei, e os fatos que mais foram marcantes em cada ano!

Se alguém lembrar de alguma coisa que vivenciou comigo, me ajude a completar essa “linha do tempo”! rsrsrs...

1977 - Cubatão/SP (Ano de Nascimento)

1978 - Cubatão/SP

1979 - Cubatão/SP

1980 - Cubatão/SP (Nascimento de minha Irmã: Eva)

1981 - Cubatão/SP

1982 - São Vicente/SP (Nascimento de meu irmão: Adriano)

1983 - São Vicente/SP

1984 - São Vicente/SP

1985 - São Vicente/SP

1986 - São Vicente/SP

1987 - Taiobeiras/MG

1988 - Taiobeiras/MG (Nascimento do Grupo de Adolescente ACC “Adolescente a Caminho de Cristo”). (1ª Cargo de Coordenação na Igreja)

1989 - Taiobeiras/MG (1ª Eucaristia)

1990 - Taiobeiras/MG (Tesouraria do JUAC “Jovens Unidos a Cristo”)

1991 - Taiobeiras/MG (1º Emprego/ 1ª Namorada)

1992 - Taiobeiras/MG (Crisma / 1ª Voto Eleitoral)

1993 - Taiobeiras/MG (1ª Representação do JUAC na Pastoral da Juventude - PJ)

1994 - Taiobeiras/MG (Membro da Coordenação Paroquial da PJ)

1995 - Taiobeiras/MG (Ano de alistamento militar)

1996 - Taiobeiras/MG (Ano de Conclusão do 2º Grau)

1997 - Cubatão/SP (Fui Morar Sozinho/ 1ª Emprego Registrado)

1998 - Cubatão/SP (Esses três anos morava em Cubatão e Trabalhava em Santos/SP)

1999 - Cubatão/SP

2000 - Taiobeiras/MG (Voltei a Morar com minha família)

2001 - Taiobeiras/MG (Filiação ao Partido dos Trabalhadores - PT)

2002 - Taiobeiras/MG (Falecimento de meu Pai)

2003 - Taiobeiras/MG (Representação do Setor Norte na Arquidiocese de Montes Claros: COARPA)

2004 - Taiobeiras/MG - Candidatei-me a Vereador (Frustação)

2005 - Taiobeiras/MG

2006 - Montes Claros/MG (Casamento / Ajudo a Criar a 1ª Turma do ICA – Iniciação Cristã de Adultos) Paróquia São João Batista – Alto São João

2007 - Montes Claros/MG (Nascimento de meu Filho Rafael)

2008 - Montes Claros/MG - Mudança de Bairro: Alto São João para o Independência

2009 - Montes Claros/MG (Membro da Coordenação da Catequese Infanto-Juvenil do Independência)

2010 - Montes Claros/MG - Saiu do Aluguel (Casa Própria) / Nasce minha Filha Isabela / 1ª Festa da Comunidade Bom Jesus do Bairro Vila Real (Fiz Parte da Primeira Coordenação)

Fica a sugestão para você fazer a sua linha do tempo também. Ajudar muito a refletir sobre o passado e programar o futuro!

Principalmente para não se cometer mesmos erros!

Adelino J. Vieira

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

SEMANA NACIONAL DA FAMÍLIA 2010


“Família, formadora de valores humanos e cristãos”. Este é o tema da Semana Nacional da Família.

Esta é a 14ª edição do evento e repete o tema do 6º Encontro Mundial das Famílias, que aconteceu no México, em janeiro de 2009.

“Nessa semana, as comunidades eclesiais, escolas, clubes, associações, animadas pela Pastoral Familiar, têm um espaço para preparar e organizar programações diversas, revigorando a integração familiar e ressaltando as virtudes e valores da família
“, disse o presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB, dom Orlando Brandes.

“Queremos criar cada vez mais a tradição da Semana Nacional da Família, nas dioceses e nas paróquias de todo o Brasil. Fazer com que as famílias possam refletir sobre os temas, não somente na Semana Nacional, mas todos os dias”, completou dom Orlando.

Durante a semana, as paróquias trabalharão o tema de acordo com o livro “A Hora da Família 2010”, elaborado pela Comissão. O livro traz roteiros para celebrações nos lares, nos grupos e escolas
Com a Semana Nacional, a Igreja quer, uma vez mais, salientar a importância da família, pois sabe que é fundamental um olhar atento dirigido à família, patrimônio da humanidade, que deve ser considerada “um dos eixos transversais de toda a ação evangelizadora” (Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, 2008-2010, n. 128). Na verdade, tudo passa pela família e para o ser humano tudo começa na família. É a primeira escola das virtudes sociais de que as sociedades têm necessidade e, devidamente estruturada, participa decisivamente no desenvolvimento da sociedade.
Lembremo-nos da Sagrada Família de Nazaré, que nos ensina a simplicidade da vida dentro dos Planos de Deus e demonstra as maravilhas que ocorrem quando somos fiéis ao Senhor.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A ORIGEM DO DIA DOS PAIS



Ao que tudo indica, o Dia dos Pais tem uma origem bem semelhante ao Dia das Mães, e em ambas as datas a idéia inicial foi praticamente a mesma: criar datas para fortalecer os laços familiares e o respeito por aqueles que nos deram a vida.

Conta a história que em 1909, em Washington, Estados Unidos, Sonora Louise Smart Dodd, filha do veterano da guerra civil, John Bruce Dodd, ao ouvir um sermão dedicado às mães, teve a idéia de celebrar o Dia dos Pais. Ela queria homenagear seu próprio pai, que viu sua esposa falecer em 1898 ao dar a luz ao sexto filho, e que teve de criar o recém-nascido e seus outros cinco filhos sozinho. Algumas fontes de pesquisa dizem que o nome do pai de Sonora era William Jackson Smart, ao invés de John Bruce Dodd.

Já adulta, Sonora sentia-se orgulhosa de seu pai ao vê-lo superar todas as dificuldades sem a ajuda de ninguém. Então, em 1910, Sonora enviou uma petição à Associação Ministerial de Spokane, cidade localizada em Washigton, Estados Unidos. E também pediu auxílio para uma Entidade de Jovens Cristãos da cidade. O primeiro Dia dos Pais norte-americano foi comemorado em 19 de junho daquele ano, aniversário do pai de Sonora. A rosa foi escolhida como símbolo do evento, sendo que as vermelhas eram dedicadas aos pais vivos e as brancas, aos falecidos.

A partir daí a comemoração difundiu-se da cidade de Spokane para todo o estado de Washington. Por fim, em 1924 o presidente Calvin Coolidge, apoiou a idéia de um Dia dos Pais nacional e, finalmente, em 1966, o presidente Lyndon Johnson assinou uma proclamação presidencial declarando o terceiro domingo de junho como o Dia dos Pais (alguns dizem que foi oficializada pelo presidente Richard Nixon em 1972).

No Brasil, a idéia de comemorar esta data partiu do publicitário Sylvio Bhering e foi festejada pela primeira vez no dia 14 de Agosto de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da família.

Sua data foi alterada para o 2º domingo de agosto por motivos comerciais, ficando diferente da americana e européia.


Em outros países

Pelo menos onze países também comemoram o Dia dos Pais à sua maneira e tradição.

Na Itália, Espanha e Portugal, por exemplo, a festividade acontece no mesmo dia de São José, 19 de março. Apesar da ligação católica, essa data ganhou destaque por ser comercialmente interessante.

Reino Unido - No Reino Unido, o Dia dos Pais é comemorado no terceiro domingo de junho, sem muita festividade. Os ingleses não costumam se reunir em família, como no Brasil. É comum os filhos agradarem os pais com cartões, e não com presentes.

Argentina - A data na Argentina é festejada no terceiro domingo de junho com reuniões em família e presentes.

Grécia - Na Grécia, essa comemoração é recente e surgiu do embalo do Dia das Mães. Lá se comemora o Dia dos Pais em 21 de junho.

Portugal - A data é comemorada no dia 19 de março, mesmo dia que São José. Surgiu porque é comercialmente interessante. Os portugueses não dão muita importância para essa comemoração.

Canadá - O Dia dos Pais canadense é comemorado no dia 17 de junho. Não há muitas reuniões familiares, porque ainda é considerada uma data mais comercial.

Alemanha - Na Alemanha não existe um dia oficial dos Pais. Os papais alemães comemoram seu dia no dia da Ascensão de Jesus (data variável conforme a Páscoa) . Eles costumam sair às ruas para andar de bicicleta e fazer piquenique.

Paraguai - A data é comemorada no segundo domingo de junho. Lá as festas são como no Brasil, reuniões em família e presentes.

Peru - O Dia dos Pais é comemorado no terceiro domingo de junho. Não é uma data muito especial para eles.

Austrália- A data é comemorada no segundo domingo de setembro, com muita publicidade.

África do Sul - A comemoração acontece no mesmo dia do Brasil, mas não é nada tradicional.

Rússia - Na Rússia não existe propriamente o Dia dos Pais. Lá os homens comemoram seu dia em 23 de fevereiro, chamada de "o dia do defensor da pátria" (Den Zaschitnika Otetchestva).


Independente do seu lado comercial, é uma data para ser muito comemorada, nem que seja para dizer um simples "Obrigado Papai" !

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Transfiguração do Senhor


Hoje, celebramos, com toda a Igreja, a festa da Transfiguração do Senhor, que é a manifestação gloriosa de Jesus aos apóstolos Pedro, Tiago e João no Monte Tabor. Este local está situado a 840m de altitude do nível do mar, na região da Galileia. Um dos lugares mais lindos existentes no mundo. Ali viveram – os apóstolos – a experiência da Ressurreição de Cristo.

Evangelho: Lucas 9, 28-36
Naquele tempo, 28Passados uns oitos dias, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e subiu ao monte para orar. 29Enquanto orava, transformou-se o seu rosto e as suas vestes tornaram-se resplandecentes de brancura. 30E eis que falavam com ele dois personagens: eram Moisés e Elias, 31que apareceram envoltos em glória, e falavam da morte dele, que se havia de cumprir em Jerusalém. 32Entretanto, Pedro e seus companheiros tinham-se deixado vencer pelo sono; ao despertarem, viram a glória de Jesus e os dois personagens em sua companhia. 33Quando estes se apartaram de Jesus, Pedro disse: Mestre, é bom estarmos aqui. Podemos levantar três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias!... Ele não sabia o que dizia. 34Enquanto ainda assim falava, veio uma nuvem e encobriu-os com a sua sombra; e os discípulos, vendo-os desaparecer na nuvem, tiveram um grande pavor. 35Então da nuvem saiu uma voz: Este é o meu Filho muito amado; ouvi-o! 36E, enquanto ainda ressoava esta voz, achou-se Jesus sozinho. Os discípulos calaram-se e a ninguém disseram naqueles dias coisa alguma do que tinham visto. - Palavra da salvação.

Lucas especifica a razão pela qual o Senhor subiu ao monte: lá foi para orar. Jesus, muitas e muitas vezes, dedicava horas, grandes momentos – por vezes uma noite inteira – para estar em intimidade com o Pai. O Filho de Deus saía da planície do cotidiano da vida, muitas e muitas vezes, para subir à montanha, ou seja, sabia desde sempre que esse é o grande lugar da manifestação de Deus. Ali se dirigia para viver e conviver com o Pai.

Nosso Senhor Jesus Cristo, desde o início de Sua vida entre os homens, assumindo a humanidade toda e toda a humanidade, nunca soube totalmente com clareza a Sua missão; conforme ia crescendo, se desenvolvendo e desenvolvendo a missão que Deus Pai lhe confiara, Ele ia percebendo e tomando consciência do plano do Pai em Sua vida e por intermédio da Sua vida, ou seja, salvar a humanidade.

Durante a oração, transformou-se o rosto de Jesus; de modo diverso aos outros evangelistas, Lucas não fala da transfiguração, mas do rosto transformado. Cristo Jesus é o novo Moisés; Moisés prefigurou Jesus. Jesus, como Moisés, em contato e comunhão com Deus – com o Pai – sente seu rosto tornar-se brilhante pelo fato de estar com o Pai. Quando estamos em Deus e com Deus, numa profunda intimidade com Ele, tudo começa a se tornar brilhoso em nós; nosso rosto, nosso corpo começam a resplandecer a luz que vem do alto; mas o que mais resplandece é o testemunho de vida, que ilumina a vida dos outros.

Cada encontro autêntico com Deus deixa marcas visíveis em nosso rosto, em nosso ser. A luz no rosto de Jesus indica que, durante a oração, Ele compreendeu e fez Seu o projeto do Pai; entendeu que Seu sacrifício não estaria concluído na derrota, mas na ressurreição.

Lucas também ressalta que enquanto Jesus trata de realidades relacionadas com a Sua Paixão e Morte, os três apóstolos encontram-se sonolentos, dormindo; da mesma forma aconteceu no Horto da Oliveiras. O sono dos apóstolos significa que eles não estão entendendo o que acontece com Jesus. Quando Cristo realiza milagres, prodígios e curas, eles encontram-se bem acordados; agora, quando o assunto é a vontade do Pai, mesmo que custe a própria vida, uma sonolência toma conta dos apóstolos.

Da mesma forma somos nós. Como estamos bem espertos, acordados, bem atentos, quando queremos as graças de Deus, os milagres, as curas; todavia, quando o Altíssimo nos quer dar e confiar a vontade d’Ele na nossa vida, principalmente quando isso envolve esforço, renúncia, sacrifício e a própria vida, logo apoderam-se de nós uma sonolência, um cansaço, uma fadiga.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Agosto, mês das vocações


Para alguns, agosto é um mês de que se cuidar, pois ele seria nefasto... Mas para os participantes assíduos da comunidade católica, agosto, além de ser um mês abençoado como todos os demais, é desde 1981 o mês vocacional.

Por que tamanha importância dada ao tema vocação? Porque a vocação é o início de tudo. Quando ouvimos ou usamos a palavra vocação, logo a entendemos num sentido bastante vago e geral, como sendo uma inclinação, um talento, uma qualidade que determina uma pessoa para uma determinada profissão, por exemplo, vocação de pedreiro, de mãe, de médico.

E nessa compreensão também a vocação de sacerdote, de esposos, de leigos cristãos. Essa compreensão, porém, não ajuda muito no bom entendimento do que seja vocação quando nós, na Igreja, usamos essa palavra.

Vocação, em sentido mais preciso, é um chamamento, uma convocação vinda direta-mente sobre mim, endereçada à minha pessoa, a partir da pessoa de Jesus Cristo, convocando-me a uma ligação toda própria e única com Ele, a segui-lo, (cf. Mc 2,14). Vocação, portanto, significa que anterior a nós há um chamado, uma escolha pessoal que vem de Jesus Cristo, a quem seguimos com total empenho, como afirma São Paulo na Carta aos Romanos: "Eu, Paulo, servo de Jesus Cristo, apóstolo por vocação, escolhido para o Evangelho de Deus." (Rom 1, 1)

Vocação é chamado e resposta. É uma semente divina ligada a um sim humano. Nem a percepção do chamado, nem a resposta a ele são tão fáceis e tão "naturais". Exigem afinação ao divino e elaboração de si mesmo, sem as quais não há vocação verdadeira e real.

Essa escolha pessoal, de amor, é concretizada de uma forma bem objetiva no Sacramento do Batismo, que por isso se torna fundamento e fonte de todas as vocações. É neste chão fértil, carregado de húmus divino, regado pelo sangue de Jesus, que brotam as vocações específicas, aquelas que cabem diferentemente a cada um. Algumas delas são mais usuais e comuns, como a de casal cristão, de leigo cristão, de catequista, de animador da caridade na comunidade.

Outras são definidas pela Igreja como vocações de "singular consagração a Deus", por serem menos usuais, mas igualmente exigentes e mais radicais no processo de seguimento de Jesus: são as vocações de sacerdote, de diácono, de religioso, de religiosa.

As vocações mais usuais são cultivadas em nossas comunidades eclesiais. As de "singular consagração a Deus" são cultivadas em comunidades eclesiais especiais, como nossos seminários.

O mês vocacional quer nos chamar à reflexão para a importância da nossa vocação, descobrindo nosso papel e nosso compromisso com a Igreja e a sociedade. Reflexão que deve nos levar à ação, vivenciando no dia-a-dia o chamado que o Pai nos faz. Que a celebração do mês vocacional nos traga as bênçãos do Pai para vivermos a nossa vocação sacerdotal, diaconal, religiosa ou leiga. Todas elas são importantes e indispensáveis. Todas elas levam à perfeição da caridade, que é a essência da vocação universal à santidade
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