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quinta-feira, 3 de março de 2011

Características de uma espiritualidade própria dos catequistas

CONTINUAÇÃO

C) A ESPIRITUALIDADE DE COMUNHÃO
O catequista é alguém orientado para a prática da comunhão. Faz parte da espiritualidade do catequista caminhar com a Igreja e com a comunidade. É importante caminhar seguindo as orientações e diretrizes da comunidade. Não se pode seguir um caminho próprio, desligado da ação pastoral da paróquia. A comunidade é o espaço apropriado para construir novas relações, baseadas no diálogo, na compreensão e na cooperação mútuas, no serviço desinteressado e na entrega de si mesmo pelo bem dos demais, a exemplo de Cristo.

O catequista animado do ardor missionário de Jesus, deverá ter um amor profundo pela Igreja. Sentir e amar com a Igreja para viver a comunhão eclesial, na vida nova em Cristo. Como diz o apóstolo Paulo: “já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim, a minha vida na carne eu a vivo na fé do Filho de Deus que me amou e se entregou por mim” (Gl 2, 20).

D) A ESPIRITUALIDADE “APAIXONADA”
Paixão e muito ardor são requisitos essenciais para a espiritualidade catequética. Catequistas apaixonados pela sua missão dão testemunho da beleza desse ministério na Igreja, não desistem facilmente e perseveram.

Essa paixão deve gerar na pessoa do catequista, a alegria, o riso, a descontração. A espiritualidade supõe a capacidade de rir de nós mesmos, de saber olhar com certa distância dos fatos difíceis de serem vividos. Jesus também agiu com senso de humor quando transformou a pecadora pública em mestra de hospitalidade para o fariseu anfitrião (Lc 7, 44-46). Junto com o humor vem a paciência, que é a capacidade de resistência que muitas vezes perdura tempo. É necessário respeitar os processo é o ritmo da história. É preciso paciência para ajudar o outro a aprofundar sua experiência de Deus.

E) A ESPIRITUALIDADE DO COTIDIANO
A espiritualidade do catequista deve ser marcada pela superação das fronteiras do que leva o rótulo de religioso para descobrir as manifestações de Deus no cotidiano e nas coisas simples da vida.

Nossa espiritualidade precisa ser moldada pelo nosso cotidiano. Uma pergunta indispensável seria esta: Se Jesus vivesse na atual sociedade, como ele falaria hoje? Sua oração era cheia de comparações e símbolos do seu tempo. Quais recursos ele hoje utilizaria para anunciar o Reino? O jornal, o computador, a revista e outros meios, todas estas coisas fazem parte do nosso cotidiano e são matéria prima para a uma espiritualidade comprometida. Não se pode separar espiritualidade da vida, e nem considerar que na oração deve-se deixar de lado os problemas que nos atingem. A espiritualidade será tanto mais frutuosa quanto mais diversificada e integral for a nossa vida.

F) A ESPIRITUALIDADE MISSIONÁRIA
O catequista missionário deve encontrar em Jesus, o Bom Pastor, o seu modelo e guia interior no desempenho da missão de educador da fé. O seu amor deverá ser intenso e ao mesmo tempo expansivo.

Sua ação missionária consiste em levar a mensagem de fé no coração da família do catequizando, como fez Jesus em suas visitas, proclamando o amor e misericórdia de Deus: “hoje a salvação entrou nesta casa” (Lc 19,9).

G) ESPIRITUALIDADE SACRAMENTAL
É na celebração dos sacramentos, que o catequista missionário é fortalecido para o exercício do seu ministério, experimentando significativamente a alegria do perdão de Deus, e a força que brota da Eucaristia, fonte e ápice da vida cristã. A Eucaristia é cume de todos os outros sacramentos para levar a perfeição e comunhão com Deus Pai, na identificação com Jesus seu Filho pela ação do Espírito Santo.

- Para aprofundar:
* Espiritualidade do Cotidiano (Therezinha Motta Lima da Cruz).
* Espiritualidade da Jangada (Revista Ecoando).

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