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terça-feira, 18 de setembro de 2012

A Catequese do Catequista

Celebrar é, acima de tudo, dizer "obrigado". Nós celebramos a vida em cada aniversário, celebramos a saúde, uma intervenção médica que correu bem, os sorrisos das nossas crianças… Cada facto que celebramos é acoplado com gratidão. No dia do catequista demos graças por eles, pela sua identidade e vocação, que com o silêncio e muita humildade, vão construindo o Reino de Jesus.

O catequista é chamado a ser carinhosamente ele mesmo. Na verdade e na profundidade da sua identidade ecoa o chamado de Deus que o convoca a ser chama de Cristo, para que muitos homens e mulheres se encontrem com Ele. Quanta sintonia e quanta fidelidade! Como fazer-se autêntico eco? Como não ser um eco de outras vozes e outros ruídos capazes de distorcer a verdadeira identidade?

Neste dilema existencial: ser ou não ser o que Deus o convida a ser, está implícito na natureza humana do catequista. Caído e redimido. Fraco e forte. Imperfeito e chamado à plenitude. Seria impensável um catequista desprovido da graça de Deus. Seria impensável um catequista vagando, náufrago de processos educativos incapazes de fixar.

A natureza humana, aberta à ajuda da graça divina e ao auxílio humano da educação, aperfeiçoa-se e torna-se imagem e semelhança de Deus. É um terreno fértil em que Cristo cresce, moldando na personalidade do catequista todas as virtudes que o tornam capaz de ser o que Deus o convida a ser.

Neste processo educativo, a catequese tem o seu lugar próprio e inconfundível. Ela corresponde à educação da fé. E o catequista, como um homem de fé, necessita ser permanente educado nessa mesma fé que professa.

Para ser profundamente o mesmo, o catequista necessita fazer-se destinatário da catequese. Destinatário de itinerários formativos desenhados para ele, nos quais a educação na fé seja intencional e sistematicamente favorecida. Na rede integrada de várias dimensões assumidas pela formação dos catequistas, têm um lugar privilegiado a educação da fé, como uma virtude teologal que deve ser sustentado, fortalecida, encorajado, informada e testemunhada ao longo de toda a vida.

Mas, para ser profundamente o mesmo, o catequista precisa fazer-se destinatário, também, dos processos catequéticos concebidos para os seus catequizandos e catecúmenos. Ali, na sempre nova dinâmica do encontro o processo catequético, ali Deus trabalha sempre produzindo o inimaginável. Ali, no mistério de uma metodologia e de uns recursos sempre imperfeitos, Deus faz, mais uma vez, como naquele dia no poço de Zicar, que os discípulos sejam testemunhas. E o catequista faz-se destinatário do que os catequizandos e catecúmenos dizem.

Escrito por Pe. José Luis Quijano.

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