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terça-feira, 25 de maio de 2010

Solenidade da Santíssima Trindade


“Santíssima Trindade são três pessoas distintas em único DEUS”. Em miúdos, é o Pai, o Filho (Jesus) e o Espírito Santo que distintos, formam um único DEUS. Deus Trindade, que é DEUS COMUNIDADE. São três pessoas em um único DEUS. Assim nos ensina sobre o centro de nossa fé o Catecismo da Igreja Católica: “O mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. É o mistério de Deus em si mesmo. É, portanto, a fonte de todos os outros mistérios da fé, é a luz que os ilumina”. (Catecismo nº 234).


Nesse proximo domingo, somos convidados a contemplar o amor de um Deus que nunca desistiu dos homens e que sempre soube encontrar formas de vir ao nosso encontro, de fazer caminho conosco. Apesar de os homens insistirem, tantas vezes, no egoísmo, no orgulho, no pecado, na auto-suficiência, Deus continua a amar e a fazer-nos propostas de vida. Trata-se de um amor gratuito e incondicional, que se traduz em dons não merecidos, mas que, uma vez acolhidos, nos conduzem à felicidade plena.


• A vinda de Jesus Cristo ao encontro dos homens é a expressão plena do amor de Deus e o sinal de que Deus não nos abandonou nem esqueceu, mas quis até partilhar conosco a precariedade e a fragilidade da nossa existência para nos mostrar como nos tornarmos “filhos de Deus” e herdeiros da vida em plenitude.•


A presença do Espírito acentua no nosso tempo – o tempo da Igreja – essa realidade de um Deus que continua presente e atuante, derramando o seu amor ao longo do caminho que dia a dia vamos percorrendo e impelindo-nos à renovação, à transformação, até chegarmos à vida plena do Homem Novo.


• Está em moda uma certa atitude de indiferença face a Deus, ao Seu amor e às Suas propostas. Em geral, os homens de hoje preocupam-se mais com os resultados da última jornada do campeonato de futebol, ou com as últimas peripécias da “telenovela das oito” do que com Deus, ou com o Seu amor. Não será tempo de redescobrirmos o Deus que nos ama, de reconhecermos o seu empenho em conduzir-nos rumo à felicidade plena e de aceitarmos essa proposta de caminho que Ele nos faz?


Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, ao Deus que é, que era e que há de vir.


O Pai

Jesus nos revela o Pai - Abba - dentro de sua própria vida e ação. O Pai de Jesus é compassivo e misericordioso, pronto para o perdão e acolhida. O Pai de Jesus toma sempre as iniciativas amorosas (1Jo 4,10-16); sua fidelidade é infinita (Is 40,8); busca, a todo custo, recuperar aqueles que são seus (Mt 15,24; Lc 15, 4-7; Lc 19,10). Não é nunca um Deus hermético, fechado em si mesmo, distante. Ao contrário, sua alegria é poder participar da vida humana, criada por Ele em vista da plena felicidade. Ao mesmo tempo, o Pai de Jesus mantém sua alteridade como Deus. A síntese plástica do Pai de Jesus é certamente o pai misericordioso da parábola (Lc 15,1-32). É Ele a nos dizer continuamente: "Homem, considera que eu fui o primeiro a amar-te. Não estava ainda no mundo, nem mesmo o mundo era e eu já te amava. Amo-te desde que eu sou Deus" (Santo Afonso).

O Filho

Ao revelar o Pai, Jesus revela-se como o Verbo Encarnado (Jo 1,14), o Filho Amado do Pai (Mt 3, 17; 17, 5). Ele e o Pai são Um, ou seja, entre Pai e Filho não há contradição de vontades ou atitudes. Entretanto a unidade entre ambos não é uma identificação que elimina distintções, mas é antes uma comunhão que exalta a alteridade pessoal de cada um deles. Toda a ação de Jesus busca a dignidade humana e reflete o desejo último de Deus Pai, a plenitude da vida (Jo 10,10).


O Espírito

Porém, o diálogo entre Pai e Filho, caso não se abrisse a outros, resultaria numa contemplação narcisista ad infinitum. Surge então a realidade libertadora do Espírito Santo, o qual rompe com a possível infecundidade do diálogo entre Pai e Filho e possibilita uma frutuosa relação de comunhão na Trindade e desta com todo o Universo. O amor entre as Pessoas da Trindade é tão perfeito e tão amplo, que explode e se esparrama pelo Cosmos, levando às criaturas o ideal de comunhão perfeita na unidade (Jo 17, 21-22).


A Trindade e nós

Finalmente é preciso falar das conseqüências de se crer num Deus Trindade. O Deus cristão é o Deus Comunhão de Amor. Crer nesta realidade significa professar nossa esperança na plenitude da História, aceitação e realização do pleno ideal de comunhão entre os seres humanos. Significa aceitar as diferenças entre as pessoas humanas, em todos os aspectos, mas acreditar num sonho comum de felicidade plena. Significa professar que no Deus Trino está a chave para a superação dos egoísmos humanos, geradores da violência e exclusão, e vislumbrar uma sociedade, onde a comunhão dos diferentes, resulta numa harmonia geradora de Vida. Talvez esta seja a Boa Nova que não temos ainda anunciado.


Por isso, vivemos nossa vocação de batizados dentro de uma comunidade, a Santa Igreja, Corpo Místico de Cristo, que se empenha na construção de um mundo mais humano e solidário, onde a justiça e a paz se abraçarão, e o primado da justiça e da solidariedade façam o amor reinar. Unidos em Cristo pelo Espírito Santo, damos todo louvor e glória ao Pai, fim último de nossa peregrinação neste vale de lágrimas. Amém!

Um comentário:

  1. Boa Noite

    Pax Christi

    Parabéns!

    Sejamos testemunha de Cristo, muitos fizeram isso, ganharam o prêmio da Eternidade sempre com Deus, juntos com seus anjos, santos e de Maria, a mãe corajosa, que permitiu com seu sim, a encarnação de Jesus no mundo.
    Deus lhes abençoe, Teologo Schumann
    viste modestaspropostas.blogspot.com

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